3G Brasil terá dois executivos na Qualicorp
Valor Econômico
20/02/2013

3G Brasil terá dois executivos na Qualicorp

Por Ana Paula Ragazzi e Beth Koike | Do Rio e São Paulo
 
Bloomberg
Lemann, sócio do 3G Capital, que vê “oportunidade única” na empresa de saúde

 

A 3G Brasil - braço no país da 3G Capital, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira - vai indicar até o próximo mês dois nomes para ocupar cadeiras no conselho de administração e na diretoria executiva da Qualicorp, corretora e administradora de planos de saúde. "Meu interesse é que a 3G me ajude na gestão da companhia", disse José Seripieri Junior, fundador da Qualicorp.

Desde novembro, o 3G tem participação inferior a 5% na Qualicorp. As informações de mercado são que a 3G montou sua participação na empresa, enquanto o fundo Carlyle reduzia seu pedaço. "Considero uma posição relevante uma participação acima de 10%, mas acordei com eles a indicação de duas cadeiras", complementou Junior.

A 3G, inclusive, foi quem recomendou o nome de Eduardo Noronha, executivo com passagens pela Ambev e Contax, para a diretoria de operações da Qualicorp, criada em novembro.

Sem afirmar que teve participação na indicação de Noronha, a 3G destacou em uma carta enviada a cotistas seu recente investimento na Qualicorp e que a contratação de um executivo "com experiência em grandes empresas, como Ambev e Contax, nos leva a crer que companhia também vê possibilidade de melhoria de processos, eficiências operacionais e corte de excesso de gastos".

Na avaliação da 3G Brasil, o investimento na Qualicorp é "uma oportunidade única" de exposição a uma empresa com forte expansão de receita, com possibilidade de corte de custos e, portanto, expansão de margem. "Não acreditamos que haja história similar no nosso universo de cobertura".

A gestora enxerga a Qualicorp posicionada para apresentar "crescimento excepcional nos próximos anos" dado a sua baixa penetração, a ainda relevante presença de planos de saúde individuais em algumas regiões e as oportunidades de melhor alinhamento dos corretores.

A 3G avalia em seu comunicado ainda que possíveis competidores terão que investir para conquistar mercado por meio de menores preços, maiores royalties ou maiores reembolsos fazendo com que a rentabilidade não seja adequada. "Aliado a todo esse possível crescimento, a gestão atual com foco em custos e operação poderá trazer grande racionalização de despesas tornando a companhia muito mais eficiente e rentável."

A conclusão é que o crescimento da Qualicorp, que proporcionará planos de saúde mais acessíveis a grande parte da população, será acompanhado por incrementos de margens fazendo com que a companhia apresente um desempenho operacional acima do patamar atual.

A ideia da 3G é ter mais participação na empresa, tanto acionária quando em seu dia a dia, apurou o Valor. Na carta, a 3G comenta que esteve envolvida com a Qualicorp na época da oferta inicial de ações, em 2011. "Hoje, temos uma visão muito mais madura sobre o fundamento da companhia e muita confiança de que existem grandes oportunidades em custos, crescimento e melhora do índice de cancelamentos."

 

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