Receita do Samaritano cresce 30%
28/05/2013

O Hospital Samaritano está reforçando o foco em procedimentos de alta complexidade, que trazem melhor rentabilidade. No ano passado, criou núcleos de especialidades médicas, como cardiologia e medicina fetal, com a contratação de profissionais e aquisição de equipamentos de alta tecnologia. O movimento, uma tendência do setor de hospitais, já teve reflexos nos números de 2012. O total de cirurgias cresceu 16,3%, enquanto o de atendimentos em pronto-socorro, cujo retorno financeiro é inferior, aumentou apenas 0,2%. Neste ano, a previsão é que os procedimentos de alta complexidade também tenham um crescimento maior.

"Já conseguimos que a Bradesco Saúde nos cadastrasse como hospital de referência em cirurgia da coluna", disse Luiz De Luca, diretor-superintendente do Hospital Samaritano há um ano. Segundo o executivo, o hospital vem trabalhando para que o Samaritano também seja "referenciado" (cadastrado pelos planos de saúde) nas áreas de neurologia, oncologia, cardiologia, gastroenterologia, urologia/nefrologia e medicina fetal/perinatal.

Quando um hospital torna-se referência em determinadas especialidades, os médicos dão preferência por agendar suas cirurgias nesses locais. A operadora de plano de saúde também aprova com maior agilidade os procedimentos realizados nos hospitais referenciados.

O novo foco está expresso no slogan do Samaritano, que mudou este ano para "alto desempenho em medicina especializada." Até 2012, era "o melhor da saúde para uma vida melhor".

A receita líquida do Samaritano somou R$ 325,6 milhões no ano passado, o que representa uma expansão de 30,2% em comparação a 2011. "Com a nova torre, aumentamos de tamanho e conseguimos aumentar nosso poder de negociação com os fornecedores", afirmou De Luca, referindo-se à ampliação do hospital, concluída em 2011. "Nossos custos representavam 53% da receita bruta em 2011 e, no ano passado, esse percentual caiu para 44%", acrescentou.

Porém, o lucro líquido caiu 67% para R$ 3,6 milhões em 2012 por conta de uma provisão de contingências de R$ 16,6 milhões. O hospital não revela o que é essa contingência, informando apenas que há grandes possibilidades de uma reversão no valor R$ 13 milhões. O destaque ficou por conta do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) que somou R$ 37,8 milhões, contra R$ 2,7 milhões no exercício anterior. "Antes, estávamos investindo na nova torre e no ano passado já geramos caixa", disse o executivo.

Para este ano, a meta do hospital, localizado no bairro paulistano de Higienópolis, é atingir uma receita bruta de R$ 435,6 milhões, um avanço de 12%. Para alcançar esse objetivo, além da atenção para especialidades, a instituição vai iniciar no segundo semestre a reforma de 150 leitos do seu prédio antigo, que demandará investimento de cerca de R$ 10 milhões. Nesse montante, não estão computados investimentos em equipamentos médicos.



 





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