Hermes Pardini fecha quinta aquisição e vai comprar mais
Por Marcos de Moura e Souza e Beth Koike De Belo Horizonte e São Paulo
24/07/2013

Capitalizada com os recursos do Gávea, a empresa mineira de medicina diagnóstica Hermes Pardini fechou sua quinta aquisição em menos de um ano. Trata-se da compra de 70% do capital da Diagnóstika, laboratório paulista especializado em exames de alta complexidade e faturamento previsto de R$ 27 milhões neste ano.

Além da Diagnóstika, cujo valor da transação não foi revelado, o Hermes Pardini planeja fechar pelo menos mais dois ou três negócios considerados relevantes até o fim do ano, segundo Roberto Santoro, presidente-executivo da empresa. "Com essa aquisição, o Hermes Pardini pretende levar o serviço de excelência prestado pela Diagnóstika para outras regiões do país, por meio de apoio laboratorial e parcerias estratégicas", disse Santoro. Ainda de acordo com o executivo, a Diagnóstika é referência nas especialidades de anatomia patológica e de patologia cirúrgica e um dos seus pontos fortes é a prestação de serviços para hospitais de São Paulo.

Após a venda de 30% do seu capital para o Gávea, gestora fundada por Armínio Fraga, a empresa mineira de medicina diagnóstica entrou, a partir do fim de 2011, em um forte processo de aquisições e expandiu sua presença para fora de Minas Gerais. Na semana passado, anunciou a compra de 80% do Padrão, laboratório de Goiás com receita de R$ 50 milhões. No ano passado, fechou três aquisições: Digimagem (SP), Progenética (RJ) além do mineiro Biocod.

O grupo tem 45 unidades da bandeira Hermes Pardini em Belo Horizonte e cerca de 35 laboratórios das demais marcas em São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás.

Com sede em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, a meta da empresa de medicina diagnóstica é encerrar o ano com faturamento de R$ 600 milhões e atingir R$ 1 bilhão até 2015. Da receita total, 55% é proveniente dos serviços de exames de análises clínicas prestadas a laboratórios terceiros.

Em Belo Horizonte e região metropolitana, o Pardini detém 70% do mercado em exames de análises clínicas.

Outra empresa mineira que também está marcando presença no setor é a Alliar, cujo maior acionista é o Pátria - gestora que alavancou o crescimento da Dasa e tem forte experiência no setor. Em apenas dois anos de atividades, a Alliar fechou 11 aquisições de laboratórios especializados em exames de imagem.

As empresas líderes do setor de medicina diagnóstica são a Dasa, que fechou o ano passado com uma receita líquida de R$ 2,2 bilhões e lucro líquido de R$ 84,7 milhões, e o Fleury com uma receita de R$ 1,5 bilhão e lucro de R$ 106,6 milhões. Há ainda outros importantes laboratórios como o Salomão & Zoppi, em São Paulo, e o Sabin, de Brasília.

Hospitais como Alberto Einstein, Sírio-Libanês e São José também têm investindo em medicina diagnóstica.



 





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