PIB fraco faz Fleury cortar investimentos
02/08/2013

PIB fraco faz Fleury cortar investimentos

Por Beth Koike | De São Paulo

Fleury , empresa de medicina diagnóstica, reduziu seu plano de investimento para R$ 250 milhões, o que representa uma diminuição de 16,5% em relação à projeção inicial, anunciada em abril deste ano. "Em vista do cenário econômico, com projeções pessimistas do PIB em 2013 e 2014, a empresa decidiu rever os investimentos, dando maior foco em projetos com maior rentabilidade e retorno garantido", disse João Patah, diretor de relações com investidores do Fleury.

Do valor total, R$ 200 milhões serão aplicados neste ano e a outra parte em 2014.

A empresa de medicina diagnóstica vai reduzir, principalmente, a expansão das unidades das marcas regionais (a+, Lab's, Weinmann, Diagnosson e Luiz Felippe Mattoso). O montante a ser aplicado nessas unidades foi reduzido em 55% para R$ 27,6 milhões. A bandeira Fleury é a prioridade e receberá R$ 140,4 milhões, 9,4% a menos. "Antes, íamos entregar até o início do próximo ano 18 mil m2. Agora, serão 15 mil m2. Não houve mudanças nos prazos", diz Patah.

Os recursos destinados à tecnologia, área administrativa, entre outros setores da empresa também sofreram redução de orçamento de R$ 64,4 milhões para R$ 49,4 milhões.

Já para aquisição de equipamentos médicos instalados nos laboratórios, a companhia vai gastar 59,8% a mais, um total R$ 32,6 milhões.

Ontem, o Fleury também divulgou os resultados do segundo trimestre. A companhia encerrou o período com queda de 31,5% no lucro líquido, que somou R$ 22 milhões. O mau desempenho é explicado pelo aumento 17,5% nos custos dos serviços prestados e pelo reconhecimento contábil de imposto diferido no valor de R$ 20,9 milhões. "Desconsiderando o benefício fiscal, o lucro seria de R$ 43 milhões", disse Patah. O benefício fiscal é devido ao ágio de aquisições feitas pela companhia, com destaque para Lab's.

O desempenho do Fleury ficou bem abaixo do estimado pelos analistas que acompanham a empresa. O lucro líquido médio previsto por Safra, HSBC, BoFa, Itaú BBA e BTG era de R$ 33 milhões.

Os custos com serviços prestados atingiram R$ 320,7 milhões, montante que representou 74% da receita líquida no segundo trimestre. No mesmo período de 2012, esses custos equivaliam a 72,9% da receita.

"Estamos fazendo investimentos fortes em pessoal, equipamentos e unidades e ainda não houve tempo hábil para gerar receita e compensar esses custos", disse o executivo. "Mas está sendo um processo progressivo. A margem Ebitda, por exemplo, no segundo trimestre foi de 19,4%, índice maior do que os 18,6% registrados nos três primeiros meses do ano", complementou.

A receita líquida da empresa de medicina diagnóstica aumentou 16% atingindo R$ 433,6 milhões entre abril e junho.

 

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