Programa Mais Médicos alavanca recuperação da imagem de Dilma
Por Raquel Ulhôa | De Brasília
11/09/2013

O programa Mais Médicos foi o principal fator de recuperação da popularidade da presidente Dilma Rousseff, segundo a 115ª pesquisa CNT/MDA, divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). O levantamento mostra ainda que a aprovação pessoal da presidente também voltou a subir, após duas quedas consecutivas, iniciada com as manifestações de rua que tiveram seu ponto alto em junho. Os resultados mostram que 38,1% consideram o governo ótimo/bom e 21,9% ruim/péssimo. Na pesquisa anterior, feita em julho, a avaliação positiva registrava 31,3% e a negativa, 29,5%.

Em relação ao desempenho pessoal de Dilma, 58% dos entrevistados disseram aprová-lo (49,3% em julho); já a desaprovação caiu de 47,3% para 40,5%.

Dilma lidera as intenções de voto para presidente da República nas pesquisas espontâneas (sem apresentação de nomes ao entrevistado) e nas estimuladas, nas quais é apresentada como candidata. Mas não há perspectiva de vitória em primeiro turno.

 
 

 

A ligação entre a recuperação de Dilma e o lançamento do Mais Médicos foi feita pelo presidente da CNT, senador Clésio Andrade (PMDB-MT). A pesquisa mostra que 73,9% dos entrevistados são favoráveis à contratação de médicos estrangeiros (23,8% são contra). Em outra pergunta, 49,6% dos entrevistados dizem acreditar que o programa será capaz de solucionar os problemas graves de saúde no Brasil.

O senador também considera medidas que contribuíram para a recuperação da popularidade da presidente a queda da inflação e "um certo otimismo" mostrado pela pesquisa com o aumento da renda. Em julho, 29% dos entrevistados achavam que sua renda melhoraria nos próximos seis meses. Em setembro já alcançava 36%. Por outro lado, apenas 15% dos entrevistados dizem acreditar que a inflação esteja controlada. Para 40,5%, a economia do país estava crescendo, mas agora se encontra estagnada, 14,6% acham que a economia está crescendo e 9,9% apontam recessão.

Com relação à intenção de voto para presidente da República, o levantamento indica que, se as eleições presidenciais fossem hoje, a tendência seria haver segundo turno. Na enquete espontânea, ou seja, na qual não são oferecidas aos entrevistados opções de candidatos, Dilma é a mais citada, por 16 % (na rodada anterior, esse percentual era de 14,8%). Em seguida, são lembrados o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (com 9,7%), Marina Silva (5,8 %), Aécio Neves (4,7 %), Eduardo Campos (1,6%), José Serra (1%), Geraldo Alckmin (0,5%) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa (0,5%).

No cenário de primeiro turno apresentado pela pesquisa estimulada, Dilma é apontada como preferida por 36,4% (contra 33,4% em julho), seguida de Marina Silva, com 22,4% (tinha 20,7% em julho), Aécio, com 15,2% (mesmo percentual anterior) e Campos, com 5,2% (tinha 7,4%). O percentual de votos em branco ou nulo caiu de 17,9% para 14,9%.

Nas pesquisas de intenção de voto para o segundo turno, Dilma lidera em todos os cenários apresentados pelo instituto, com percentuais que variam de 40,7% - contra Marina Silva, a concorrente que teria melhor desempenho, com 31,9% - a 46,7% - contra Eduardo Campos, que ficaria com 16,8%. Contra Aécio, Dilma teria 44% e o mineiro, 24,5%.

A CNT/MDA perguntou qual partido político o entrevistado quer ver na Presidência da República a partir de 2015 e o PT venceu, com um percentual de 21,9%. Vieram, em seguida, PSDB (4,5%), PMDB (3,1%), PSB (1,4%), PSOL (0,5%), PDT (0,3%), PCdoB (0,3%) e DEM (0,1%).

O fato de o partido que Marina tentar criar - o Rede Sustentabilidade - não apareça, mostra, na opinião do presidente da CNT, "que ela é uma pessoa que se firma acima dos partidos, como Lula sempre foi acima do PT".







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