“A nuvem não é um local para você ir sozinho”
10/10/2018

“Falar em nuvem é complicado, os resultados não são imediatos. É complexo, uma tecnologia que muda todos os dias. Eu brinco que a nuvem não é um local para você ir sozinho, tem que ir bem acompanhado. Felizmente é um mercado que já cresceu muito no Brasil” conta Maurício Fernandes, presidente da Dedalus, no evento em comemoração aos bons resultados do ano. A proposta foi discutir o mercado de Cloud Computing entre as nuvens, literalmente, em um café da manhã içados a 50 metros de altura.

Recentemente, a Dedalus pivotou o seu négocio de Cloud Broker, ou seja, um executor de serviços em múltiplas nuvens, para um posicionamento de especialistas em serviços de Cloud. Maurício conta que eles perceberam uma necessidade de mercado de uma empresa focada em serviços, e não na nuvem propriamente. “É como na primeira vez que compramos um celular, pensamos no aparelho. E depois, com mais maturidade, pensamos se ele roda o sistema operacional que gostamos, os serviços que o acompanham. Isso é natural em qualquer indústria”. Ele explica que é parecido na nuvem, a empresas precisam de ajuda para usar de maneira plena. Não é suficiente somente levar web ou unidades periféricas para lá, nos projetos mais complexos, as empresas estão colocando o coração no mundo digital e conectado. Essa foi umas das principais razões para o reposicionamento da marca.

Pela primeira vez, há um estudo no Brasil que mostra como as empresas que prestam serviços de Cloud estão posicionadas. Pedro Bicudo, consultor da TGT Consult e responsável pelo report, explica que a pesquisa foi conduzida em parceria com a empresa americana Information Services Group (ISG). São cinco linhas de relatório, três deles já concluídos em 2018, com macro temas como mercado de gestão de infraestrutura e serviços gerenciados entre data center e cloud privada, desenvolvimento e manutenção de sistemas ágeis e fábrica de testes, workplace do futuro e as soluções de colaboração entre os provedores de serviços para mobilidade, cloud operation e transformation e, digital transformation.

“Nós estamos avaliando as empresas brasileiras utilizando a mesma metodologia internacional. É o primeiro ano que fazemos esse trabalho no Brasil, já avaliamos mais de 70 empresas. Para nós é uma experiência muito importante poder ajudar o mercado brasileiro a se conhecer melhor, a se comparar de pé de igualdade com as empresas globais. Estamos considerando como essas empresas atuam no Brasil, e não qual é a sua performance no exterior, e como as empresas brasileiras estão posicionadas em relação a isso.”, diz Pedro, e comenta, “A Dedalus teve um bom posicionamento, é um orgulho para nós poder ter encontrado empresas brasileiras que possam disputar o mercado com empresas estrangeiras”

Em especial, a empresa atingiu a liderança na pesquisa em nuvem pública, entre as instituições com faturamento de até US$ 1 bilhão. Para Maurício, a tecnologia de Cloud Computing significa fundamentalmente o momento de tornar o Brasil melhor e mais competitivo. Diferente de outros setores, este está educado com o conceito de soluções múltiplas, ou seja, não é usual a escolha de um fornecedor exclusivo, e sim a combinação dos melhores serviços existentes. “Isso é maravilhoso! Não estamos aqui para empurrar um produto, mas ajudar a fazer as melhores escolhas, e o mercado precisa de legitimidade para isso.”

Seguindo as tendências, a saúde também é um dos três principais focos da empresa para o futuro. As barreiras tecnológicas e receios já estão sendo quebrados, há provas de que os dados são mais seguros quando na nuvem. “Em termos de maturidade, ainda estamos discutindo coisas básicas. Mas chega uma hora que contra fatos não há argumentos. A economia é enorme e o resultado obtido é estupidamente melhor.”, explica o presidente da Dedalus. De acordo com ele, existe um momento de democratização desta tecnologia para até mesmo as pequenas instituições, que estão em um grau de informatização muito satisfatório e, para os grandes, é o momento de descobrir um potencial gigante. Empresas estão usando Cloud para Analytics, passando a tratar seus dados com ferramentas de Business Intelligence (BI) e Inteligência Artificial (AI), em vez de se contentarem com backups em nuvem.

A empresa tinha o objetivo de crescer 30% este ano, meta já superada e renovada para 70% até dezembro. O faturamento está em cerca de R$ 160 milhões, e a expectativa é chegar a 200 novos clientes no Brasil em 2018, além dos 1000 que já possuem. A Dedalus também anunciou expansão para a Argentina.





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