Unimed Paulistana vai apresentar plano à ANS em 45 dias
Por Beth Koike e Adriana Meyge
16/09/2013

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) voltou a "intervir" na Unimed Paulistana adotando um regime de direção fiscal, medida em que um diretor da agência reguladora acompanha de perto a situação econômico-financeira da operadora, mas não tem poder de gestão.

Nesta ação mais recente, que se iniciou na segunda-feira e pode durar até um ano, a ANS mostrou-se preocupada com as finanças da cooperativa médica que registrou prejuízo de R$ 23 milhões no primeiro trimestre deste ano e de R$ 120 milhões no ano passado. Na primeira direção fiscal, em 2009, o problema era um passivo tributário de cerca de R$ 700 milhões, que foi parcelada junto à Prefeitura de São Paulo.

"Estamos tranquilos com a intervenção fiscal da ANS. Continuamos nosso trabalho de reestruturação. Vamos apresentar um plano para ANS dentro de um mês e meio", disse Augusto Cruz, novo CEO da Unimed Paulistana, ressaltando que o diretor da agência reguladora não tem poder para interferir em questões estratégicas, apenas acompanhar as finanças da cooperativa médica que conta com 810 mil clientes.

Uma análise detalhada das despesas da operadora, feita pela PriceWaterhouseCoopers, indica, segundo Cruz, que é possível reduzir em 20% os custos, eliminando os problemas administrativos.

Segundo o executivo, estão sendo adotadas medidas como auditoria de contas ainda dentro do hospital, durante a internação do paciente, e cobrança mais rigorosa com outras cooperativas médicas que são atendidos pela rede credenciada da Unimed Paulistana em São Paulo.

De acordo com Cruz, os planos de gerar até o fim deste ano um caixa de R$ 120 milhões, o que representa 6% da receita líquida, estão mantidos.

Em nota, a ANS informou que recorre a tal regime caso uma operadora de plano de saúde apresente "anormalidades econômico-financeiras e administrativas que podem colocar em risco a continuidade do atendimento à saúde dos beneficiários". A ANS afirma também que não se trata de uma intervenção, pois o diretor fiscal nomeado não tem poder de gestão.

Neste ano, a previsão é que o faturamento fique próximo dos R$ 2 bilhões registrados no ano passado. Um dos obstáculos ao crescimento da operadora é a proibição de vender cerca de 30 tipos de planos de saúde, que representam 30% do total de sua carteira.







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