Considerado um importante salto de qualidade na segurança das cirurgias cardíacas, está em funcionamento o mais avançado equipamento de circulação extracorpórea do sangue no país, igual ao utilizado nos melhores hospitais do mundo. O pioneiro na utilização da máquina alemã S5 Heart Lung foi o Hospital SOS Cárdio, de Florianópolis. Em algumas cirurgias, quando o coração precisa parar de bater, o equipamento garante que o organismo continue a receber sangue e oxigênio.

“O coração é o órgão responsável por bombear o sangue oxigenado pelos pulmões para todo o nosso corpo. Porém, quando realizamos uma cirurgia cardíaca, precisamos manipular o órgão diretamente. Em alguns casos, como na cirurgia de reparação e troca de válvulas, é preciso fazer o coração parar de bater para realizar o tratamento. No entanto, mesmo com o coração parado, o organismo do paciente precisa continuar recebendo sangue e oxigênio, para manter-se vivo. E é nesse ponto que entra a máquina de circulação extracorpórea”, explica Sergio Lima de Almeida, cirurgião cardiovascular chefe do serviço do Hospital SOS Cárdio.

A diferença para outros equipamentos de circulação extracorpórea é significativa e representa maior segurança aos pacientes. “A máquina não deve apenas oxigenar o sangue e bombeá-lo para o organismo do paciente. Ela precisa informar a equipe médica, de forma precisa e imediata, sobre uma série de dados relevantes que tornam a circulação extracorpórea muito mais segura. O novo equipamento realiza uma monitorização ampla de todas as variáveis que o paciente pode apresentar e fornece informações muito precisas. Desta forma, quando há necessidade de tempo prolongado de circulação extracorpórea, em cirurgias longas, o possível efeito deletério deste tempo é acentuadamente minorado devido à qualidade deste equipamento”, observa o cirurgião. A escolha dos pacientes que podem se beneficiar da máquina é feita com base em uma rigorosa avaliação dos médicos.

CIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA

“Por todos estes fatores, o equipamento encaixa-se perfeitamente no conceito mais moderno de cirurgia minimamente invasiva. Antigamente, este conceito limitava-se apenas ao tamanho da incisão. Hoje, foi ampliado. Por isso, é dada extrema importância a todos os recursos capazes de reduzir os possíveis efeitos deletérios da circulação extracorpórea. A nova máquina vem diretamente ao encontro desta moderna e segura abordagem”, conclui Sergio Lima de Almeida.

O Hospital SOS Cárdio possui 150 médicos, de diversas especialidades. Sua estrutura conta com 81 leitos e, em breve, será concluída a expansão da UTI, consolidando-se cada vez mais em um centro de referência para diagnóstico e tratamento.