Com mercado americano em expansão, FIME movimenta indústria de saúde brasileira
12/06/2019

Evento será realizado entre 26 e 28 de junho em Miami, nos Estados Unidos, e funciona como uma ótima vitrine para a produção nacional de saúde

As inúmeras possibilidades de novos negócios geradas durante os três dias da FIME (Florida International Medical Equipment Trade), feira especializada em dispositivos para a área médica que este ano será realizada entre 26 e 28 de junho em Miami (EUA), despertam a atenção e o interesse da indústria de saúde brasileira que estará no evento dentro de um pavilhão nacional organizado pelo Brazilian Health Devices, projeto setorial executado pela ABIMO em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Os dados divulgados previamente pela FIME no relatório 2019 Healthcare Market Insights in Latin and North Americas foram motivadores para as marcas nacionais que já planejavam investir nessa exposição. Segundo o documento, os Estados Unidos gastam atualmente 17,8% do PIB com saúde. É o maior percentual do mundo, que gasta em média 6,8%. Grande parte desse movimento de saúde no território comandado por Donald Trump está relacionado à mudança epidemiológica do país. Segundo o relatório, 11,4% da população norte-americana têm diabetes; o número de novos casos de câncer deve atingir 2,1 milhões em 2025; e 39,5 milhões de americanos foram diagnosticados com asma ao longo da vida, enfermidade que gera um custo de US$ 30 bilhões por ano para o país.
Já para a América Latina, a publicação aponta três pontos fortes das mudanças que são percebidas no mercado: envelhecimento populacional, epidemia de obesidade e falta de eficiência nos sistemas.

Analisando os números de exportações brasileiras para as regiões das Américas, foi registrado um crescimento de 2,5% nas exportações entre 2017 e 2018. Somente as empresas inscritas no projeto setorial Brazilian Health Devices exportaram US$ 54 milhões para a região no ano passado, o que representa 60,58% do total das exportações apoiadas pelo projeto no ano.

Enquanto a grande maioria das marcas presentes visa ampliar suas relações comerciais com a América Latina, há quem esteja na FIME em busca de novos contatos com compradores norte-americanos e projetos vindos de outras partes do mundo. É o caso da Olsen, que estará pela quinta vez no evento tanto para se destacar em mercados como México, Chile e Panamá quanto para buscar oportunidades dentro do território dos Estados Unidos. “Embora a feira seja focada na América Latina, também recebe visitantes dos EUA e esperamos fazer contatos também com esse público”, comenta Santiago Carrau, gerente de vendas. Para ele, quanto mais países a empresa contatar, melhor.

Já a FixIt, que expõe pela primeira vez na FIME, visa aos norte-americanos em uma estratégia de longo prazo. “No segundo semestre começaremos a atuar em alguns países da América Latina e, para 2020, visamos a uma maior abertura no mercado norte-americano”, comenta o CEO Felipe Neves relembrando que a venda de produtos brasileiros para os Estados Unidos está sujeita à certificação do FDA.

Ainda no relatório divulgado pela FIME no início do ano, o mercado norte-americano está sendo altamente impactado pelas mudanças no consumo de saúde e nas forças de trabalho, pela necessidade de cuidados integrados para a melhor saúde da população, aceleração tecnológica, ruptura na cadeia de suprimentos e mudanças legislativas e regulatórias.

Ao tratar da América Latina, a publicação aponta a recuperação da economia brasileira como uma das principais tendências do mercado de saúde nos próximos cinco anos. Além de citar o Brasil, lista como tendências uma maior estabilidade do mercado mexicano, onde o FMI prevê crescimento de 1,9% em 2018; economias menores como Chile, Peru, Guatemala e Costa Rica despontando como grandes atores do segmento; e, para finalizar, o fato de que os orçamentos, mesmo apertados, impulsionam a busca constante por aquisições com preços mais competitivos.

Hoje entre os itens do setor médico-hospitalar mais exportados pela indústria de saúde brasileira para todo o continente americano estão instrumentos e aparelhos para medicina e cirurgias; artigos e aparelhos ortopédicos; artigos e aparelhos para fraturas; próteses auriculares femorais; artigos e aparelhos de próteses; e aparelhos de raio X, de diagnóstico e de tomadas maxilares panorâmicas.

A edição 2019 da FIME, que volta a ser realizada em Miami (EUA), reunirá 1.200 marcas expositoras representando 41 países, e ao longo dos três dias o evento deve receber 14 mil participantes. De 26 a 28 de junho, a feira atua como uma excelente plataforma de exposição para as marcas mais atraentes do mundo da saúde.

SOBRE O BRAZILIAN HEALTH DEVICES

O PS (Projeto Setorial) Brazilian Health Devices, executado pela ABIMO em parceria com a Apex-Brasil, tem como missão fomentar as exportações das indústrias de artigos e equipamentos da área da saúde. Brazilian Health Devices é a marca que reúne as indústrias exportadoras do setor e as representa internacionalmente.

SOBRE A ABIMO
A ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) é a entidade representante da indústria brasileira de produtos para a saúde que busca promover o crescimento sustentável do setor no mercado nacional e internacional.

SOBRE A APEX-BRASIL
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) tem a missão de desenvolver a competitividade das empresas brasileiras, promovendo a internacionalização dos seus negócios e a atração de investimentos estrangeiros diretos. A Apex-Brasil apoia, atualmente, mais de 12 mil empresas de 80 setores produtivos da economia brasileira, que exportam para mais de 200 mercados. A agência também coordena os esforços de atração de IED (investimentos estrangeiros diretos) para o país.





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