Só metade das vacinas BCG é entregue pelo Ministério da Saúde aos municípios
29/04/2019

Secretários receberam comunicado sobre a redução das remessas do imunizante contra a tuberculose. O País assiste há dois anos uma redução dos níveis de cobertura vacinal

BRASÍLIA – O Ministério da Saúde deverá entregar aos municípios 48% do quantitativo previsto da vacina BCG, que protege contra tuberculose. Representantes de secretários Municipais de Saúde receberam um comunicado da pasta nos últimos dias sobre a redução das remessas.
Mauro Junqueira, do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, afirmou que municípios estão preocupados e, diante da situação, passaram a restringir os dias das aplicações. Para não haver perda, frascos com múltiplas doses são abertos apenas em dias específicos. O receio é de que o problema dificulte ainda mais o trabalho de convencimento dos pais sobre a importância da vacina.

O País assiste há dois anos uma redução dos níveis de cobertura vacinal. Uma das explicações para a redução é o grande número de vezes que pais têm de levar crianças aos postos para completar o cronograma da imunização. A BCG é a primeira vacina do calendário. O risco é de que, enfrentando dificuldades já na primeira aplicação, pais fiquem desmotivados a tentar manter a carteira em dia.
O Ministério da Saúde, no entanto, afirmou que a redução da distribuição é pontual, atribuiu a entrega menor do que o planejado a problemas de logística e garantiu que, num curto espaço de tempo, o problema será resolvido.

O Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, afirmou que a pasta transferiu o armazém das vacinas do Rio para São Paulo. Na mudança, houve uma alteração dos funcionários envolvidos na tarefa, o que acabou atrapalhando as distribuições. Ele afirmou que a pasta planeja uma ação para reforçar a vacinação da BCG e, entre as medidas estaria, tornar obrigatória a aplicação da vacina antes mesmo de o bebê sair da maternidade. Hoje, essa prática é adotada pontualmente em algumas instituições. Para isso se tornar rotina, contudo, é preciso que maternidades públicas tenham uma infraestrutura específica, além de pessoal treinado.

Além da BCG, secretários disseram estar preocupados com estoques reduzidos de soros usados em pacientes que foram picados animais peçonhentos. Kleber de Oliveira afirmou que a expectativa é de que a produção seja normalizada no próximo semestre.”.





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