Após 1 milhão de mortes por covid-19, a doença está desacelerando?
29/09/2020

Quase oito meses depois do começo oficial da pandemia, o mundo chegou nesta segunda-feira, 28, à triste marca de 1 milhão de mortes pelo novo coronavírus.

Os Estados Unidos seguem sendo o país com mais mortes, tendo superado o patamar de 204.000 vítimas nesta semana. O Brasil vem logo atrás, com mais de 141.000 mortes pela covid-19, a doença causada pelo vírus.

Os números são do mapa da universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que vem contabilizando desde o começo da crise o número de vítimas e casos com base nos dados oficiais dos países.

Após um longo tempo de exposição da humanidade à doença, que teve os primeiros registros feitos em Wuhan, na China, alguns lugares conseguiram desacelerar sua curva de contágio.
 

Ainda assim, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o número de vítimas fatais do coronavírus ainda pode dobrar, chegando a 2 milhões de mortes antes que se descubra uma vacina.

O diretor de situações de emergência da OMS, Michael Ryan, disse na sexta-feira, 25, que 2 milhões de mortes são “muito prováveis” sem ações de larga escala contra o vírus.

 

Atualmente, têm sido registradas cerca de 5.000 mortes por dia, um número que é bastante parecido à taxa dos meses anteriores. Ou seja, o coronavírus não está desacelerando na velocidade com que o mundo gostaria.

 

O coronavírus ainda cresce de forma exponencial. Desde a primeira morte por covid-19, em 22 de janeiro na China, o mundo levou três meses para registrar 10.000 vítimas, o que só aconteceu em meados de março.

Depois, o número cresceu dez vezes em menos de um mês, e já em abril a marca chegava a 100.000 mortes. As 500.000 mortes vieram em junho, pouco mais de dois meses depois, até chegarmos ao 1 milhão neste mês de setembro.

A boa notícia é que pegar covid-19 tem se tornado um pouco menos fatal. O número de mortes vem conseguindo se manter relativamente constante apesar do crescimento do número de casos diários — que quase dobrou nos últimos meses, de cerca de 90.000 por dia em abril para mais de 240.000 recentemente.

 

A taxa de mortalidade menor se deve a avanços como a redução da ocupação dos leitos de UTI — no começo da crise, muita gente morreu por falta de hospital — e ao avanço da medicina no tratamento. Foram descobertas formas melhores de entubar e evitar crises respiratórias os pacientes, embora ainda não haja um remédio capaz de aniquilar o vírus como acontece com outras doenças.

Onde a situação está pior

Uma das maiores preocupações é a “segunda onda” do coronavírus, que atinge com força a Europa nas últimas semanas, além de lugares que já haviam controlado o vírus, como Israel. A volta do aumento de casos e mortes tem feito vários países europeus voltarem a fechar parte do comércio e implementar novas medidas de quarentena e até lockdown.

Só na Europa, o número de casos cresceu 92% em um mês, segundo números compilados pela Exame Research, casa de análise de investimento da EXAME.
 

A Índia, segundo país mais populoso do mundo, também vem tendo alta e sofre para conter o vírus, embora tenha conseguido evitar uma alta grande de vítimas no começo da crise.

Fonte: Exame




Obrigado por comentar!
Erro!
Contato
+55 11 5561-6553
Av. Rouxinol, 84, cj. 92
Indianópolis - São Paulo/SP