A Eli Lilly estava atuando no desenvolvimento de um medicamento que é baseado em anticorpos monoclonais e que é semelhante ao tratamento da Regeneron Pharmaceuticals, adotado para tratar o presidente Donald Trump, que contraiu o novo coronavírus no início deste mês. O mandatário já está recuperado da doença.
Em termos bastante simplificados, trata-se de um tratamento com base nos anticorpos retirados do plasma sanguíneo de um paciente infectado com o novo coronavírus, mas já curado da doença. O plasma é a parte líquida do sangue que contém a defesa imunológica. A ideia é separar os anticorpos que já combateram o vírus para multiplicá-los em laboratório.
O estudo estava sendo patrocinado pelo governo americano, que já havia inclusive recebido, via órgãos reguladores, pedidos da farmacêutica para a autorização do uso da terapia no uso de emergência. O pedido foi feito após a publicação de dados obtidos em setembro e que mostram que o tratamento ajudou a reduzir a taxa de hospitalização de pacientes com covid-19.
O mercado não reagiu bem à notícia. Nesta terça-feira, até a publicação desta reportagem, as ações da companhia listadas na Bolsa de Valores de Nova York já recuavam 3% no pregão. A empresa está avaliada em 143,3 bilhões de dólares.