FT: Segunda onda de covid-19 exige maior testagem, segundo a Roche
16/10/2020
O laboratório farmacêutico Roche avalia que as autoridades públicas, para ter condições de começar a lidar com a segunda onda de covid-19, precisarão usar o teste de antígenos, menos preciso, além do teste padrão de PCR, para identificar possíveis infecções. 
 

Os testes de PCR determinam se o material genético do vírus está presente, enquanto os de antígenos detectam uma proteína presente na membrana externa do vírus. 
 

Os PCR são mais precisos, mas Schinecker ressaltou que os testes de antígenos poderiam ajudar a detectar casos positivos quando as pessoas estão na fase mais contagiosa e sua probabilidade de disseminar o vírus está no ponto mais alto. 

O teste de antígenos da Roche atualmente no mercado analisa secreções coletadas da garganta e do nariz, embora executivos tenham ressaltado que esperam poder lançar nos próximos meses uma versão que precisa apenas de saliva. 
 
 

Schinecker disse que a empresa poderia entregar cerca de 50 milhões desses testes em novembro e dezembro e, depois disso, ampliar a produção para 80 milhões. Sua atual capacidade de produção de testes de PCR é de cerca de 20 milhões por mês. 
 

A Roche também destacou os problemas causados pela falta de uma coordenação internacional para garantir o fornecimento de testes e medicamentos. O executivo-chefe da companhia, Severin Schwan, disse ao “Financial Times” que cada país “tenta assegurar [seus próprios] interesses.” 

Schinecker disse que a Roche distribuiu testes de PCR com base no tamanho da população e na “capacidade instalada” — um indicador dos equipamentos de laboratório disponíveis no país. “Você não pode alocar um teste a um país que não tem nenhum instrumento instalado”, disse. 
 

As ações da Roche, que divulgou os resultados nesta quinta-feira, recuavam 2,6% nos negócios pela manhã. A empresa reiterou suas previsões para o ano, mas as vendas totais anunciadas ficaram abaixo das estimativas, com crescimento de 1% nos primeiros nove meses de 2020, levando em conta uma taxa de câmbio constante, para 43,98 bilhões de francos suíços (US$ 48,11 bilhões). 

 

Fonte: Exame




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