O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, comemorou o anúncio da Pfizer e da BioNTech de que a vacina experimental que desenvolvem em conjunto se mostrou 90% eficaz na prevenção do coronavírus. No entanto, o democrata ponderou que a notícia não encerra a luta contra a doença. “É importante entender que o fim da batalha contra a covid-19 ainda está a meses de distância”, destacou, em comunicado.
Biden ressaltou que, mesmo que o imunizador seja aprovado neste mês, a vacinação em massa só deve acontecer nos EUA “daqui a muitos meses”. De acordo com ele, nesse período, americanos terão que continuar dependendo do uso de máscaras, do distanciamento social e de outros medidas para garantir segurança. “A notícia de hoje é ótima, mas não muda esse fato”, argumentou.
O futuro presidente lembrou que mais de mil pessoas morrem todos os dias vítimas do vírus e alertou que a situação vai piorar se não houver progressos na política de uso de máscaras e outras ações. “Essa é a realidade de agora e dos próximos meses”, concluiu.
Tedros Adhanom Gebreyesus, saudou os esforços para fortalecer a entidade sediada em Genebra através de reformas e disse que espera trabalhar estreitamente com o governo do presidente-eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.
O financiamento da OMS precisa se tornar mais flexível e previsível para encerrar um “grande desalinhamento” entre expectativas e recursos disponíveis, disse o diretor-geral, citando iniciativas de reforma da França, Alemanha e União Europeia.
“Ainda temos muito trabalho a fazer, mas acreditamos que estamos no caminho certo”, disse Tedros a ministros da Saúde na retomada da reunião anual da OMS, que agrupa 194 países.
O presidente norte-americano, Donald Trump, congelou o financiamento de seu país à OMS e iniciou um processo de desfiliação que seria concluído em julho próximo, atraindo críticas internacionais abrangentes em meio à crise da Covid-19. Ele acusa a OMS de ser “sinocêntrica” na maneira como enfrenta a pandemia, o que Tedros negou várias vezes.
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