Isso porque, segundo os pesquisadores, o uso de máscaras e as chamadas “bolhas sociais” dependem intrinsicamente do ambiente onde são adotadas.
Em lugares públicos e com alta chance de contágio, como escritórios lotados, bares, baladas e escolas, ficar com o mesmo grupo restrito de pessoas pode ajudar a reduzir os riscos de infecção, enquanto ao praticar atividades em ambientes externos, trabalhar em locais com distanciamento maior e o uso de transporte público (mesmo usando máscaras), diminui a eficácia da bolha.
Já a eficácia das máscaras, embora comprovadamente conhecidas por sua redução do espalhamento de gotículas do SARS-CoV-2, de acordo com os cientistas, depende do ambiente no qual ela é utilizada.
Em locais onde os riscos de transmissão são mais altos, como festas, corais, restaurantes, escritórios, entre outros, a máscara tem a sua eficácia reduzida e não é capaz de alterar a probabilidade de infecção de um indivíduo.
O uso de máscaras, no entanto, não deve ser descartado em nenhum local.
Uma pesquisa publicada no jornal científico The Lancet, por exemplo, mostrou que a cada metro de distância que uma pessoa fica distante de outra infectada, o risco de disseminação do SARS-CoV-2 cai. O estudo em questão também mostrou que máscaras e proteções para os olhos reduzem os riscos de disseminação do vírus — as máscaras diminuem o risco de 17% para apenas 3%, e a proteção para os olhos mostrou uma redução de 16% para 6%.