Fabricante pedirá à Anvisa extensão da validade de testes para covid-19
26/11/2020
Os testes para diagnóstico da covid-19 prestes a vencer poderão ter o prazo de validade estendido por pelo menos mais quatro meses, informou o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia Medeiros, nesta quarta-feira, 25. Em audiência pública remota da comissão externa que discute as medidas de combate ao novo coronavírus na Câmara, ele informou que a pasta recebeu um estudo da Organização Panamericana de Saúde (Opas) que afirma que a duração é de pelo menos 12 meses, quatro a mais do que a prevista nas caixas dos kits.

Com base no documento, o ministério pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que tome as medidas necessárias para prorrogar a data de validade dos testes ainda não utilizados. Assim, os quase 7 milhões de RT-qPCR comprados no primeiro semestre do ano, que venceriam entre dezembro deste ano e março de 2021, poderão ter mais tempo para uso. Os testes estão estocados no armazém do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), como revelou o jornal O Estado de S. Paulo no último domingo, 22. Os primeiros kits chegaram ao Brasil em abril.

O diretor do departamento de logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, que também participou da audiência, explicou que, embora a validade do teste “como um todo” seja de oito meses, os insumos que compõem o produto duram muito mais tempo. Como exemplo, ele mostrou uma caixa com validade até dezembro de 2020. A duração dos componentes varia entre outubro de 2021 e abril de 2023. “Já foi colocada no laudo de estabilidade a revalidação do prazo, para que isso seja protocolado tempestivamente na Anvisa e o prazo seja revalidado”, disse.

A validade prevista na caixa é “cartorial”, explicou Medeiros. Segundo ele, o Ministério da Saúde já estava preocupado com a questão do prazo e, por isso, enviou um ofício à Opas, em 3 de novembro, perguntando sobre a extensão da validade. A resposta foi que os testes podem durar pelo menos 12 meses. “Hoje, nós recebemos o resultado dos estudos. A empresa está entrando junto à Anvisa para pedir essa validade estendida“, afirmou o secretário de vigilância em saúde.

A compra antecipada de milhões de kits não foi uma estratégia errada, na visão de Medeiros. Em junho, quando já tinha adquirido 10 milhões de kits, o ministério suspendeu outra leva de compras, mas manteve a reserva. “Foi uma decisão estratégica, porque hoje, de acordo com o processo pandêmico mundial, kit de RT-qPCR é o insumo que está em falta. Se nós não o tivéssemos, teríamos dificuldade de adquirir”, disse. Com o aumento dos casos na Europa e nos Estados Unidos, a demanda externa aumentou. “Hoje é um produto raro”, afirmou.

Fonte: Exame




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