O Ministério da Saúde informou ontem que o programa de vacinação contra a covid-19 deverá ser dividido em quatro etapas, sendo a primeira voltada aos profissionais de saúde, alguns idosos e indígenas.
Entre os idosos, a regra definida para a primeira fase contempla pessoas com mais de 75 anos e aquelas com mais de 60 anos que vivam em asilos ou instituições psiquiátricas. Quem tem entre 60 e 74 anos entrará na segunda etapa.
A terceira fase vai atender pessoas com comorbidades “que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas e cardiovasculares)”.
Já a quarta etapa inclui professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população carcerária. As quatro fases representam 109,5 milhões de pessoas imunizadas, em duas doses, segundo a pasta.
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato. salientou, entretanto, que o planejamento ainda é preliminar e que sua versão definitiva dependerá da aprovação de alguma vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O material apresentado pelo ministério não deixa claro o momento em que a população que não se enquadra em nenhuma das etapas mencionadas poderá receber a vacina.
O governo informou ainda que encontra-se em andamento processo de compra de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional para aplicação das doses, e outras 40 milhões no mercado internacional.
O plano foi definido em reunião da qual participou o ministro Eduardo Pazuello (Saúde). Segundo ele, nenhuma das vacinas atualmente em fase de testes está descartada. O Brasil possui garantidas hoje 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio dos acordos Fiocruz/ AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões).