Prefeitura de SP prevê vacinação contra coronavírus em unidades básicas de saúde e mais 150 postos-satélite
07/12/2020

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, disse nesta segunda-feira (7), que a vacinação contra o coronavírus deverá ser feita em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município e em mais 150 postos-satélite, estrutura que será criada para ampliar a capacidade e evitar aglomerações.

“O município já comprou todos os insumos, os aplicativos, as seringas, e também já contratamos a empresa de logística que vai fazer o transporte refrigerado das vacinas e, depois, da coleta. Nós vamos fazer a vacinação, depois que ela estiver autorizada, nas 468 Unidades Básicas de Saúde e em 150 postos-satélites aqui no município", disse o secretário em entrevista à GloboNews.

Aparecido também afirmou que a Prefeitura de São Paulo dispõe dos insumos necessários para iniciar a vacinação da CoronaVac.

Produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac está na terceira fase de teste, em que a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A expectativa do governo estadual é a de conseguir aprovação na Anvisa até o final deste ano e iniciar a vacinação em janeiro de 2021. O programa de vacinação estadual deverá ser anunciado nesta segunda (7) pelo governador João Doria (PSDB).

 

“Nós já temos todos os insumos para a aplicação da vacina, são mais de dez milhões de seringas, nós também já temos a empresa contratada que vai fazer a logística, porque os carros têm que ser refrigerados. Tanto a distribuição da vacina quanto a coleta. A partir do momento que a gente recebe a vacina, ela, em menos de 36 horas, já está disponível em uma unidade de saúde. Essa estrutura nós já temos. E os profissionais, quando trabalham nos finais de semana, recebem um recurso adicional para a vacinação. São cerca de dez mil profissionais.”

O secretário reconhece que a cidade deverá sofrer pressão de pessoas de outras regiões, interessadas em ser vacinadas, mas afirma que a campanha irá priorizar os munícipes.

"Nós vamos vacinar as pessoas que moram na cidade, que estão nos nossos prontuários eletrônicos, que estão no nosso atendimento, que são mais de 7,5 milhões de pessoas. (...) A prioridade é vacinar o munícipe".

Ainda de acordo com o secretário, a Prefeitura de São Paulo deverá ampliar o número de salas de vacinação nos postos para evitar aglomerações.

“Hoje, para você ter uma ideia, cada posto de saúde, cada unidade, tem uma sala de vacinação. A nossa ideia é que a gente tenha mais três salas em cada unidade, logicamente dependendo do quadro de cada uma, para que a gente não gere aglomeração quando iniciarmos a vacinação.”

 

CoronaVac

No final de novembro, o estudo da fase 3 da CoronaVac atingiu o número mínimo de infectados pela Covid-19 necessário para o início da fase final de testes.

A etapa permite a abertura do estudo e a análise interina dos resultados do imunizante. A expectativa é a de que os dados sejam divulgados pelo governo paulista nos próximos dias.

 

Resposta imune e segurança

Um estudo feito com 743 pacientes apontou que a CoronaVac mostrou segurança e resposta imune satisfatória durante as fases 1 e 2 de testes.

A fase 2 dos testes de uma vacina verifica a segurança e a capacidade de gerar uma resposta do sistema de defesa.

Normalmente, ela é feita com centenas de voluntários. Já a fase 1 é feita em dezenas de pessoas, e a 3, em milhares. É na fase 3, a atual, que é medida a eficácia da vacina.


 

Fonte: G1




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