A AstraZeneca e a Pfizer entraram nesta segunda-feira com pedidos para que as vacinas contra a covid-19 desenvolvidas por elas possam ser usadas emergencialmente na Índia, um dos países mais atingidos pela pandemia. 
 

Tanto a Pfizer como o Serum Institute - que está fabricando a vacina da AstraZeneca para países em desenvolvimento na Índia - solicitaram a autorização, o que permitiria que suas vacinas fossem aprovadas antes de um longo processo de testes, segundo disse um funcionário do órgão regulatório do país. 

"Isso salvará inúmeras vidas, e agradeço ao governo da Índia e ao primeiro-ministro Narendra Modi pelo apoio”, disse o CEO e proprietário do Serum Institute, Adar Poonawalla, no Twitter. 
 

A autorização poderá representar um grande avanço para o processo de fabricação global de vacinas, já que a Índia é um dos maiores fabricantes mundiais. O aval emergencial daria às empresas a capacidade e a confiança para aumentar a produção das doses. 
 

O Serum Institute diz que já produziu 40 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e pode ter mais 100 milhões até o fim do ano. 

O aval emergencial pode liberar o estoque já produzido. Em teoria, ele poderia ser disponibilizado em apenas uma semana após a aprovação por parte das autoridades da Índia. 
 

Jacob John, ex-professor do Christian Medical College, em Velore, no sul da Índia, afirmou que os reguladores do país podem querer esperar que a vacina da AstraZeneca seja autorizada primeiro pelo Reino Unido antes de tomar uma decisão. 
 

O Reino Unido pediu a sua agência reguladora que revise a vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, para uso emergencial no mês passado. 
 

O imunizante da Pfizer já recebeu o aval do órgão, uma decisão criticada pela União Europeia (UE), que deve se decidir sobre o assunto no próximo dia 29 de dezembro.