Israel recebeu nesta quarta-feira as primeiras doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech. A expectativa é que um novo lote chegue ao país ainda nesta semana. 

Em novembro, as farmacêuticas fecharam um acordo o governo do país para fornecer 8 milhões de doses da vacina a Israel. 

O lote que chegou nesta quarta-feira faz parte de um programa menor para testar processos de transporte e armazenamento das vacinas, de acordo com a imprensa local. 
 

As autoridades israelenses ainda não aprovaram o uso da vacina, mas o aval deve ser dado em breve, segundo o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. “Eu acredito nesta vacina. Espero que receba as licenças adequadas nos próximos dias”, disse ele. 
 

Netanyahu foi ao aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, para acompanhar a chegada do lote. Ele afirmou que será a primeira pessoa a ser vacinada no país, para servir de exemplo para a população. 

O primeiro-ministro de Israel disse também que o país começará a vacinação contra a covid-19 no próximo dia 27 e que o objetivo de seu governo é imunizar cerca de 60 mil pessoas por dia. 

Israel também fechou um acordo com a Moderna para comprar 6 milhões de doses da vacina que está sendo desenvolvida pela empresa. 

 

Segundo o primeiro-ministro, pessoas vacinadas em Israel receberão cartões especiais ou poderão baixar aplicativos em seus telefones que permitirão que elas circulem livremente pelo país, em um processo para ajudar na reabertura da economia. 

Com 9 milhões de habitantes, Israel registrou 348,9 mil casos de covid-19 desde o início da pandemia. Desse total, 2,9 mil morreram. 

O país impôs um segundo “lockdown” para conter a disseminação da doença em setembro, quando atingiu uma das maiores taxas de infecção per capita do mundo. Desde então, as restrições foram sendo flexibilizadas. 

No entanto, o número de casos diários voltou a crescer, e Netanyahu avalia a adoção de novas restrições para conter o novo surto.