A vacina da farmacêutica Moderna provavelmente será a segunda vacina contra a covid-19 a obter autorização para uso de emergência nos Estados Unidos, o que deverá acontecer ao final desta semana, em um processo que começou com a divulgação de dados sobre a eficácia da dose.
Os dados que a agência reguladora de medicamentos dos EUA (Food and Drug Administration, FDA) tem em mãos inclui o estudo clínico de 30 mil voluntários que tomaram a vacina, junto com a própria análise do FDA. Os dados serão analisados na quinta-feira por um painel externo de consultores médicos e científicos.
As vacinas são consideradas essenciais para acabar com a pandemia, que matou cerca de 300 mil pessoas nos EUA e mais de 1,6 milhão em todo o mundo. As primeiras vacinações nos EUA usando a injeção da Pfizer fora dos testes clínicos começaram na segunda-feira.
O Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados da FDA discutirá os dados da Moderna na quinta-feira. O mesmo painel aprovou, na semana passada, por 17 votos a 4, a autorização de uso emergencial da vacina da Pfizer.
A Moderna disse anteriormente que sua vacina experimental contra a covid-19 foi 94,1% eficaz na proteção das pessoas contra a doença. Naquela primeira análise pública e completa do estudo, a empresa informou que 196 pessoas no estudo de 30 mil pessoas experimentaram sintomas e que 185 delas receberam um placebo, contra apenas 11 na vacina Moderna.
A nova tecnologia da Moderna, como a da Pfizer e da BioNTech, emprega o RNA mensageiro, que instrui as células humanas a produzir uma proteína do tipo encontrado nas células do coronavírus para enganar o corpo e fazer com que ele crie uma resposta imunológica.
O uso dessa tecnologia até agora parece reduzir o tempo de produção tradicional de vacinas, que costumava levar uma década ou mais para se desenvolver.