Preço de medicamentos aos hospitais recua 0,65% em novembro, aponta levantamento da FIPE e Bionexo
16/12/2020
 Apesar da queda pelo quarto mês seguido, índice registra alta de 12,81% neste ano;
• Desde o início da pandemia, em fevereiro, o avanço nos preços é de 10,64%;
• IPM-H é elaborado com base em transações entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro no período de janeiro de 2015 a novembro de 2020.

O preço dos medicamentos no Brasil recuou 0,65% em novembro, revela o novo Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), indicador inédito criado pela Fipe em parceria com a Bionexo - health tech líder em soluções digitais para gestão em saúde. O resultado representa a quarta queda consecutiva do índice após os meses de outubro (-0,11%), agosto (-1,82%) e setembro (-2,48%).

A variação de novembro foi resultado da compensação entre a alta registrada em grupos como Sangue e órgãos hematopoiéticos (+5,71%), Aparelho geniturinário e hormônios sexuais (+2,37%) e Aparelho respiratório (+1,41%) com a queda de outros grupos, como Aparelho cardiovascular (-5,69%), Aparelho digestivo e metabolismo (-3,21%), Sistema nervoso (-3,14%) e Preparados hormonais sistêmicos (-2,90%).

Comparativamente, o resultado do IPM-H em novembro ficou abaixo da inflação oficial do país medida pelo IPCA/IBGE (+0,89%) e do comportamento dos preços medido pelo IGP-M/FGV (+3,28%). Além disso, o recuo mensal do índice foi menor do que a queda observada na taxa média de câmbio em novembro de 2020 (-3,70%).

Entre os treze grupos terapêuticos em que os medicamentos são agrupados, houve em novembro alta em quatro deles: sangue e órgãos hematopoiéticos (+5,71%), aparelho geniturinário e hormônios sexuais (+2,37%), aparelho respiratório (+1,41%), imunoterápicos, vacinas a antialérgicos (+1,11%). A queda ocorreu em nove grupos: aparelho cardiovascular (-5,69%), aparelho digestivo e metabolismo (-3,21%), sistema nervoso (-3,14%), preparados hormonais sistêmicos (-2,90%), sistema musculesquelético (-2,77%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (-2,40%), agentes antineoplásicos (-0,57%), órgãos sensitivos (-0,46%) e outros medicamentos (-0,17%).

Crescimento em 2020
Apesar do resultado negativo pelo quarto mês seguido, o índice teve uma alta de 10,64% desde o início da pandemia, entre fevereiro e outubro deste ano. Nesse recorte, o IPM-H superou a variação do IPCA/IBGE (alta de 2,65%) e foi superada pela variação do IGP-M/FGV (alta de 21,44%) e da taxa de câmbio (alta de 24,81%). Os principais fatores da alta do índice no período foram a desvalorização cambial, desabastecimento do mercado interno e alta na demanda nas unidades de saúde por medicamentos associados aos cuidados relacionados à Covid-19.

Esse avanço na pandemia ocorreu devido ao aumento no preço médio de praticamente todos os grupos de medicamentos, sobretudo relacionados ao aparelho cardiovascular (+52,06%), aparelho digestivo e metabolismo (+49,39%) e sistema nervoso (+40,81%). Os medicamentos que afetaram o índice na pandemia foram norepinefrina (terapia cardíaca e suporte vital), midazolam (hipnótico/sedativo/tranquilizante), fentalina (analgésico), propofol (anestésico), omeprazol e pantoprazol (antiácidos, tratamento de dispepsia/úlcera gástrica).

No acumulado em 2020, o IPM-H apresenta alta de 12,81%, e nos últimos 12 meses o avanço foi de 13,75%. Nesse recorte mais amplo, os grupos que mais impactaram na alta foram aparelho digestivo e metabolismo (+53,15%), aparelho cardiovascular (+55,66%), sistema nervoso (+41,50%). Por outro lado, os grupos com menores variações foram agentes antineoplásicos/quimioterápicos (-0,46%), anti-infecciosos gerais para uso sistêmico (+4,98%), aparelho respiratório (+5,33%).

Sobre o IPM-H
O Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H) é uma parceria entre a Fipe e a Bionexo, com o objetivo de disponibilizar informações inéditas e de interesse público relacionadas à área de saúde, com foco no comportamento de preços de medicamentos transacionados entre fornecedores e hospitais no mercado brasileiro. O IPM-H é elaborado com base nos dados de transações realizadas desde janeiro de 2015 através da plataforma Bionexo, por onde são transacionados mais de R? 12 bilhões de negócios no mercado da saúde por ano, o que representa cerca de 20% de tudo que é transacionado no mercado privado nacional.

A health tech conecta mais de duas mil instituições de saúde a 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares. A cada mês e para cada grupo de medicamentos, a FIPE calcula o índice de variação do seu preço em relação ao mês de referência, levando em consideração algumas variáveis que podem ser relevantes para determinar o preço das negociações, incluindo: (i) quantidade de produtos transacionada; (ii) distância geográfica entre hospitais e fornecedores.

Os medicamentos são agrupados em 13 grupos terapêuticos (classificação da ATC*) e ponderados de acordo com uma cesta de valor total transacionado na plataforma Bionexo no ano anterior. O IPM-H consolida o comportamento dos índices dos preços de cada grupo terapêutico, também ponderados pelo valor transacionado do grupo na plataforma.

Embora possam estar correlacionados, o comportamento do IPM-H não mensura o comportamento dos preços de medicamentos em farmácias, isto é, nos preços ao consumidor final (segmento varejo). Além disso, o IPM-H não é uma medida de variação dos custos dos hospitais e/ou planos de saúde, que envolvem também gastos com equipamentos, procedimentos, materiais recursos humanos, protocolos de tratamento/atendimento e segundo frequência de uso.

Sobre a Bionexo
Líder em soluções digitais para gestão em saúde, a multinacional brasileira conecta mais de dois mil hospitais e outras instituições do setor a 20 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos hospitalares no Brasil, Argentina, Colômbia e México. Por ano, em uma de suas plataformas são transacionados mais de R? 12 bilhões de negócios no mercado da saúde, o que representa cerca de 20% de tudo que é transacionado no mercado privado no país.

No Brasil, que representa 80% dos negócios da companhia, a Bionexo tem impacto direto em cerca de 40% dos leitos privados e 64% dos leitos de alta complexidade. Pelos seus sistemas, passam todos os dias mais de duas mil cotações de preços e condições para mais de 20 mil itens - de alimentação e medicamentos a equipamentos de diagnóstico de alta complexidade.




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