"Se ocorrer dentro do manifestado pelas autoridades federais, o cronograma de início de vacinação em janeiro poderá acontecer a partir de 15 de janeiro, pela disponibilidade das vacinas. Elas estarão prontas para serem usadas", afirmou o diretor do Butantan em coletiva de imprensa. "A vacina não pode ficar na prateleira."
Na segunda-feira, 14, quando o governo paulista anunciou o adiamento da divulgação do resultado de eficácia da vacina Coronavac, argumentou que esse adiamento seria feito para solicitar o registro definitivo da vacina, o que facilitaria a aprovação do imunizante.
"Nós mudamos a nossa estratégia, que até semana passada era solicitar o uso emergencial com os dados de análise parcial. Dada a conjuntura e uma possível dificuldade com relação à própria velocidade da Anvisa, mudamos de estratégia e vamos pedir o uso definitivo na China e no Brasil ao mesmo tempo", declarou Dimas Covas no dia 14. Nesta quinta-feira, porém, o Butantan disse que também vai pedir o uso emergencial, mas manteve a divulgação da eficácia na semana que vem.
O governador João Doria (PSDB) disse que a data antes divulgada de início da vacinação em 25 de janeiro continua sendo a data prevista para inicio da imunização. "Se pudermos iniciar antes, ótimo, é o que mais desejamos. Estabelecemos esse prazo para não atropelar o rito da Anvisa, mas se houver um rito mais rápido, quanto mais rápido melhor. Estaremos preparados para fazer a imunização em São Paulo."
O governo paulista também disse que aguarda até esta sexta-feira, 18, um pedido formal do Ministério da Saúde para a compra da vacina do Butantan e inclusão do imunizante no plano nacional de vacinação, mas afirmou que, mesmo que o governo federal estabeleça início da vacinação em fevereiro, São Paulo mantém a previsão de começar a vacinar em janeiro.