O Instituto Butantan protocolou na manhã desta sexta-feira na Agência Nacional de Vigilância Sanitária o pedido de autorização para uso emergencial da Coronavac, vacina desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Com o pedido oficialmente protocolado, começa a valer o prazo de dez dias para a Anvisa analisar e se manifestar. A expectativa, no entanto, é de que a provável liberação seja feita em menos tempo.
Segundo o Valor apurou, todas as equipes da Anvisa envolvidas com o pedido vão trabalhar desde agora e por todo o fim de semana a fim de agilizar a análise.
Nesse cenário, a vacina estará apta a ser aplicada em alguns grupos prioritários, como profissionais de saúde e idosos. Somente o registro definitivo, ainda não solicitado, é que permite a vacinação em massa da população.
O resultados dos testes da Coronavac foram apresentados na quinta-feira pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que apontaram eficácia de 78% da vacina em testes feitos no Brasil. O imunizante mostrou-se totalmente eficaz na prevenção de casos graves e moderados da doença e de internações, segundo o instituto.
Também é aguardado para esta sexta-feira o pedido para uso emergencial da vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Essas duas vacinas são as principais apostas do governo brasileiro para a imunização da população, com algo em torno de 350 milhões de doses contratadas.