Falta de seringas é ameaça para sete Estados
14/01/2021

Sete Estados correm risco de não ter, em seus estoques, agulhas e seringas em quantidade suficiente para atender à demanda inicial de aplicação das vacinas contra a covid-19, segundo informou o próprio Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

A pedido do ministro Ricardo Lewandowski, a pasta informou que Acre, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Santa Catarina podem não ter insumos o bastante caso o governo concretize o objetivo de adquirir 30 milhões de doses de diferentes vacinas para a doença até o fim deste mês. 
 

 

 
Contudo, o Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do ministério afirma que a hipótese mais provável é que esse abastecimento ocorra de forma gradativa, de modo a não prejudicar a meta inicial de vacinação às mais de 49 milhões de pessoas que integram os grupos prioritários, como idosos, portadores de comorbidades e profissionais de saúde. 

“Atualmente, o quantitativo disponível no conjunto dos Estados é suficiente para o início da campanha de vacinação contra a covid-19, em janeiro e fevereiro, uma vez que o fornecimento e a distribuição das vacinas serão realizados de forma gradual, de acordo com a disponibilidade dos laboratórios”, diz o texto, assinado pelo diretor do setor, Lauricio Monteiro Cruz. 

Ele aponta que, com os recentes acordos firmados pela pasta, a estimativa concreta está no recebimento de 10,7 milhões de doses da vacina em janeiro e de 9,3 milhões de doses em fevereiro. “Isso demonstra que a necessidade imediata desses insumos não será em sua totalidade.” 

De acordo com o documento, somados os estoques dos Estados, são 80 milhões de seringas e agulhas disponíveis para o início da campanha de imunização, prevista para ter início ainda neste mês de janeiro, conforme anunciado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. 

A área técnica do ministério diz que a União não tem um estoque próprio, já que a compra dos insumos necessários à vacinação cabe aos governadores. Porém, conforme mostrou o Valor, Pazuello vai requisitar às fabricantes de agulhas e seringas os estoques excedentes desses materiais, sem prejuízo a contratos já firmados com outros entes federados. Com essa iniciativa, o governo estima obter 30 milhões de unidades, que serão armazenadas como “reserva de emergência” em caso de falta nos Estados. 

 

Fonte: Valor




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