Os governos têm a responsabilidade de proteger suas populações, mas o “vacinacionalismo”, ou nacionalismo da vacina, é contraproducente e atrasará a recuperação global.
O alerta foi dado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, quando o número de vítimas do covid-19 chegou a 2 milhões de mortos na sexta-feira, precisamente um ano após o vírus ter sido inicialmente detectado na cidade chinesa de Wuhan.
Os EUA lideram a lista com 392 mil mortos. O Brasil vem em segundo com 208 mil mortos, num contexto em que o presidente Jair Bolsonaro chamou o vírus de “gripezinha”. A Índia tem 152 mil mortos.
“Passamos um limite doloroso”, afirma o secretário-geral da ONU, em mensagem distribuída por sua assessoria. Destacou que “atrás dessa cifra faraminosa” há nomes e rostos. “Infelizmente, na ausência de uma ação coordenada ao nível mundial, os efeitos mortais da pandemia se agravaram”, disse.
Guterres acrescentou que vacinas seguras e eficazes contra a covid-19 são disponíveis, mas o que se observa hoje é um “vazio vacinal”.
O secretário-geral da ONU insistiu que o “nacionalismo de vacinas” está fadado ao fracasso. E não se alcançará o controle da covid-19 se cada país age de seu lado, sem coordenação internacional.
Para Guterres, a solidariedade mundial salvará vidas, protegerá as populações e permitirá assim destruir o vírus.