Falta de oxigênio em hospital põe em alerta cidade do Pará
20/01/2021

A aceleração da pandemia na região oeste do Pará, mais conhecida como Baixo Amazonas, disparou alerta máximo do governo do Estado, que iniciou ontem uma operação de abastecimento de oxigênio nos hospitais de quatro municípios. Em Faro (PA), cidade com 7,2 mil habitantes, a rede de saúde colapsou pela falta do insumo e, nas últimas 48h, foram confirmadas sete mortes por covid - a mais recente foi declarada na tarde de ontem. 

Oriximiná, Terra Santa e Juriti, cidades nas proximidades Faro, também estão em alerta máximo desde o dia 14, quando eclodiu a crise de abastecimento de oxigênio dos hospitais em Manaus. Juntos, esses municípios receberam ontem 159 cilindros de oxigênio encaminhados pelo governo do Pará, que afirmou estar atuando de forma “preventiva”. 

 
A Secretaria estadual de Saúde informou que emitiu alerta aos municípios, em especial ao da região do Baixo Amazonas, para que fiquem atentos ao monitoramento do oxigênio nos hospitais. 

Na semana passada, o governo do Pará incluiu o Baixo Amazonas na bandeira vermelha no sistema de monitoramento da pandemia, o que indica alta risco de contágio. Imediatamente, a prefeitura de Faro decretou toque de recolher das 21h às 5h como medida urgente para conter o avanço da doença. 

O governo do Estado também já anunciou o planejamento para abertura de novos leitos na região. O Estado informa que atualmente conta com uma capacidade de produção de oxigênio de 58 mil metros cúbicos diários, volume que é suficiente para atender os seus municípios e prestar apoio a Amapá e Maranhão. O insumo é fornecido ao Estado pelas empresas White Martins e Air Liquid. 

Com 8,6 milhões de habitantes, o Pará registrava ontem 7.434 mortes por covid-19 e 312.632 casos confirmados. 

O governador do Pará, Hélder Barbalho (MDB), colocou mais 90 leitos à disposição de municípios da região do Baixo Amazonas, onde os hospitais estão no limite de sua capacidade. 

Barbalho prometeu que mandará um barco hoje para prestar atendimento clínico e reforçar a estrutura de saúde em Faro. O medo é que uma onda de mortes trágicas de pacientes por falta de ar, como a ocorrida em Manaus, se repita no município paraense. 

Barbalho se reuniu ontem com prefeitos do Baixo Amazonas e representantes das empresas fornecedoras de oxigênio para tratar do desabastecimento. De acordo com o governador paraense, as empresas têm condições de suprir a demanda, mas precisam do planejamento de consumo dos municípios. 

 

Fonte: Valor




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