Vacinação nas maiores cidades tem ritmo desigual
26/01/2021

 
 

As grandes cidades brasileiras iniciaram a vacinação contra o coronavírus em ritmo bastante desigual, uma semana após o início da distribuição da Coronavac, mostra levantamento do Valor. 

Algumas cidades, como a paranaense Maringá e a paulistas São Bernardo do Campo e Guarulhos, já passaram da marca dos 80% na aplicação da primeira dose do imunizante feito em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac. A recomendação é que a segunda dose seja realizada em um intervalo de 21 a 28 dias. 

Na parte de baixo do ranking, ou seja, entre os municípios onde nem 20% das vacinas foram aplicadas, estão Jaboatão dos Guararapes (Pernambuco) e Juiz de Fora e Contagem, ambas em Minas Gerais. 

A secretária da Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, diz que o município tem estrutura para vacinar 5 mil pessoas ao dia. O problema, porém, é a disponibilidade de doses. Até agora a prefeitura recebeu 23.160 doses da Coronavac e 20.380 da AstraZeneca, com 3.046 vacinas aplicada até sexta. 

O levantamento buscou informação via WhatsApp, e-mail ou telefonemas, com as cem maiores cidades do país por população. Deste grupo, 67 (o equivalente a 71 milhões, ou mais de um terço da população brasileira) repassaram informações sobre o cenário mais atualizado da vacinação em seu município com a aplicação da primeira dose da Coronavac - não foram levados em consideração os dados sobre a vacina da AstraZeneca, que começou a ser aplicada já ontem em partes do país. 

 

Essas 67 cidades receberam na semana passada para aplicar a primeira dose 1,1 milhão de vacinas da Coronavac e já tinham imunizado ao menos 445 mil pessoas. As prioridades neste momento na grande maioria desses locais são profissionais de linha de frente da saúde e pessoas idosas que vivem em asilos. 

Em 27 cidades, ao menos 50% da primeira leva já chegou à população, ainda considerando os 67 municípios que responderam, dentre as cem maiores cidades (a menor, a gaúcha Gravataí, tem 284 mil habitantes). No Rio Grande do Sul, 126 municípios já encerraram a primeira etapa desse lote inicial. No Piauí, isso aconteceu em 41 localidades. Esses cálculos, nos dois casos, levam em conta todos os municípios, de acordo com os “vacinômetros” estaduais. 

Em termos nominais, a liderança na distribuição está com o Rio de Janeiro, com 77,7 mil doses até a tarde de ontem, com quase 71% distribuídos. São Paulo está em segundo lugar, com 55,7 mil (27%), mas o levantamento mais recente da capital paulista tem números só até o sábado. 

A primeira leva da Coronavac é insuficiente até mesmo para atender aos grupos prioritários no Plano Nacional de Imunização, que inclui ainda indígenas e pessoas com mais de 75 anos. Grande parte dos municípios, como a cearense Caucaia, fala que essa remessa inicial será suficiente, por exemplo, para atender apenas cerca de um terço dos profissionais da linha de frente da saúde. 

A expectativa em alguns locais, caso de São Bernardo do Campo, por exemplo, é que com a Coronavac e a chegada da AstraZeneca a demanda para o grupo prioritário inicial seja totalmente atendida. 

Fonte: Valor




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