Disputa é por um mercado de R$ 340 bilhões
16/06/2014 - por De São Paulo

Disputa é por um mercado de R$ 340 bilhões

Por De São Paulo

Desenvolver aparelhos hospitalares com tecnologia avançada é um imperativo para empresas nacionais e estrangeiras que disputam espaço em um mercado que movimenta mais de R$ 340 bilhões por ano em negócios - valor que abrange toda a cadeia produtiva da saúde e corresponde a 10,2% do PIB nacional.

Um dos grandes fornecedores mundiais de produtos para salas cirúrgicas e Unidade de Terapia Intensiva, a Maquet trouxe ao mercado brasileiro uma geração mais avançada da linha de ventilador pulmonar Servo-U. Considerado inovador no mercado de ventilação mecânica, o aparelho foi projetado para crescer com as necessidades do ambiente pulmonar.

Trata-se da evolução tecnológica de uma linha de aparelhos que vem sendo comercializada no país desde 1971 e cuja base instalada soma 100 mil unidades. O aparelho chama a atenção pela variedade de modos de ventilação que podem ser ajustados para situações específicas, permitindo o atendimento a todas as categorias de pacientes. "O nosso foco é desenvolver produtos que reduzam o tempo de tratamento do paciente no hospital e o uso de drogas", explica Norman Pierre Gunther, presidente da Maquet.

Importada da Suécia e já comercializada em outros países, a linha Servo-U está em processo de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a expectativa é de que esteja disponível para venda no Brasil no início do próximo ano. Segundo Gunther, o destino são os hospitais privados de ponta, que têm capacidade para investir em aparelhos de alta tecnologia, já que o preço do novo produto é alto. O executivo calcula vender 100 unidades.

Os hospitais públicos e privados têm uma participação equilibrada na composição da receita da Maquet no mercado brasileiro. No ano passado, a companhia teve um incremento de 17% nos negócios, índice que superou a projeção inicial de 10%. Para 2014 é esperado um ritmo de expansão bem menor por causa da Copa do Mundo e das eleições. Entretanto, Gunther se mostra mais otimista em relação a 2015. "Eu imagino que os investimentos que não foram feitos em 2014 terão que ser realizados no próximo ano. Acho que 2015 será melhor", acredita.

A brasileira Transmai investiu R$ 400 mil no desenvolvimento de um bisturi eletrônico modelo BP-150 Special, para uso em diversos tipos de cirurgias, e de monitores de grande porte que podem ser configurados para monitorar os sete parâmetros vitais do paciente na UTI. Os produtos chegaram ao mercado após passarem por cerca de um ano de testes laboratoriais e registro na Anvisa. Segundo Mauro Tonucci, gerente industrial da empresa, a sua comercialização vai contribuir para expansão significativa dos negócios este ano. "A projeção inicial era aumentar em 15% as vendas, mas percebemos que vamos crescer mais, atingindo de 20% e 25%", afirma.

Além do mercado doméstico, a Transmai tem pedidos em carteira para clientes da China, Venezuela e México, com entrega prevista para 60 dias a partir do fechamento de contratos em maio, quando a empresa participou da feira Hospitalar 2014, realizada em São Paulo. Na fábrica de São Paulo, 45 funcionários próprios e terceirizados trabalham inclusive aos sábados para cumprir o prazo. "Depois de passar esse período de entregas, o ritmo deve continuar intenso para atender outros pedidos até o final do ano", informa Tonucci.



 

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