O Ministério da Saúde anunciou na tarde de hoje que negocia a aquisição de 30 milhões de doses das vacinas Sputinik V e Covaxin. A decisão de "avançar nas negociações" ocorre após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizar o novo protocolo com simplificação do processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas.
Uma reunião deverá ser feita na próxima sexta-feira (5) com representantes do Instituto Gamaleya de Pesquisa em Microbiologia e Epidemiologia, da Rússia, fabricante da vacina Sputinik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin. A expectativa da pasta é receber parte das vacinas ainda em fevereiro.
Vacinação no Brasil e no mundo
Mais de 100 milhões de doses de vacinas anti-covid foram aplicadas em todo o mundo, após aproximadamente dois meses do início das primeiras campanhas de imunização, segundo dados do portal Our World in Data e reproduzidos pela agência ANSA.
Até o fim de segunda-feira (1º), 101,31 milhões de doses já haviam sido administradas, sendo que mais da metade se concentrava em apenas dois países: EUA (32,22 milhões) e China (24 milhões).
O Brasil, segundo o ranking, vacinou até agora apenas 1,1% de sua população.
Leia comunicado na íntegra
O Ministério da Saúde se reúne na próxima sexta-feira (5) com representantes do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputinik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin, para negociar a aquisição de mais 30 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.
A decisão de avançar as negociações ocorre após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar o novo protocolo com simplificação do processo de concessão de uso emergencial e temporário de vacinas, dispensando a realização de estudos clínicos de fase III. A expectativa da pasta é ter acesso aos imunizantes ainda em fevereiro.
Além dos Memorandos de Entendimento previamente celebrados, serão discutidos os termos contratuais conforme minutas de contrato solicitadas no dia de hoje, com as bases das negociações, cronograma de entregas e valores das doses dos imunizantes.
A farmacêutica russa, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, adiantou à pasta que se houver acordo, entre fevereiro e março poderá entregar um total de 10 milhões de sua vacina, que serão importadas da Rússia. E que a partir de abril passará a produzir mensalmente IFA e 8 milhões de doses no Brasil.
Com a mesma expectativa de êxito nas negociações, outros 8 milhões da Covaxin poderão ser entregues em fevereiro pela companhia da Índia, que afirmou ter condições de entregar mais 12 milhões de sua vacina no mês seguinte.