Todas as vacinas contra covid-19 produzidas no país ou importadas atualmente são compradas pelo Ministério da Saúde para serem distribuídas a Estados e municípios de acordo com cronograma do Plano Nacional de Imunizações (PNI).
Estados chegaram a acenar com planos próprios de vacinação caso o governo federal não assumisse a aquisição de vacinas e a coordenação da imunização. Mas a pressão de governadores, de prefeitos e do Supremo Tribunal Federal (STF) fez a pasta apresentar o plano nacional de vacinação e acelerar negociações para compra de doses.
Confira abaixo cinco perguntas e respostas sobre o esquema de vacinação contra covid-19 pelo país.
1- Quantas pessoas terão prioridade para receber a vacina?
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 prevê nos grupos prioritários 77,2 milhões de pessoas. A seleção das populações com prioridade na imunização foi baseada em princípios da Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi definida também, segundo a pasta, em acordo com entidades como o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
2 - Por que São Paulo recebe mais doses?
A divisão das doses do imunizante leva em conta a população de cada um dos Estados da federação. Como a divisão das doses leva em consideração a população de cada unidade da federação, São Paulo, que é o estado mais populoso, fica com a maior parcela de doses que ficam prontas, seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro. A região Sudeste é a que mais recebe doses da vacina.
3 - Por que o Amazonas teve prioridade no recebimento de doses?
Devido ao colapso do sistema de saúde no Amazonas, o governo federal resolveu criar um Fundo Epidemiológico para reforçar a imunização contra a covid-19 e frear o avanço da pandemia no Estado. O fundo destina cota extra de doses de vacinas para a região mais impactada pela pandemia no período analisado. Neste momento, o Amazonas.
4 - Quem monta o esquema de vacinação?
Pela lógica tripartite do Sistema Único de Saúde (SUS), Estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila. Devem seguir as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas. Cada Estado recebe, portanto, volume proporcional de doses, que são distribuídas de acordo com o tamanho do público-alvo prioritário do cronograma nacional em andamento.
5 - Quantas vacinas o Brasil vai receber da Covax?
A aliança anunciou, dentro de sua previsão de distribuição para o mundo, envio de 10,6 milhões de doses para o Brasil no primeiro semestre de 2021. As vacinas são da AstraZeneca/Universidade de Oxford contra covid-19, contratadas pelo consórcio internacional. No ano passado, o governo brasileiro optou pela menor cobertura possível na aliança mundial. No total, o Brasil receberá 42,5 milhões de doses pelo consórcio.