Variante britânica tem taxa de mortalidade mais alta que outras cepas da covid-19, diz estudo
11/03/2021

A variante da covid-19 identificada no ano passado no Reino Unido tem uma taxa de mortalidade significativamente mais alta do que as cepas do vírus que circularam no mundo durante a fase inicial da pandemia, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira. 
 

Pesquisadores das universidades de Exeter e Bristol mostraram no estudo, publicado no British Medical Journal hoje, que a variante britânica, já detectada em mais de 100 países, é entre 30% e 100% mais mortal do que as cepas identificadas anteriormente. 

A pesquisa comparou as taxas de mortalidade entre pessoas infectadas com a nova variante e as contaminadas com outras versões do vírus. Segundo o estudo, a mutação britânica provocou a morte de 227 pessoas em uma amostra de 54.906 pacientes, em comparação com 141 óbitos registrados em uma cifra similar de infectados pelas cepas dominantes na fase inicial da pandemia. 
 

Além de ser mais mortal, a variante também se espalha de forma significativamente mais rápida do que as cepas originais do vírus e forçou o governo do Reino Unido a decretar um “lockdown” no início de janeiro, que agora começa a ser flexibilizado após o avanço da campanha de vacinação. 
 

O estudo também mostra que, por causa da maior transmissibilidade, pessoas que antes seriam consideradas de baixo risco para a covid-19 foram hospitalizadas após serem infectadas pela nova variante. 
 

“O Sars-CoV-2 parece ser capaz de sofrer mutações rapidamente e há uma preocupação real de que outras variantes surjam com resistência a vacinas”, disse Leon Danon, pesquisador da Universidade de Bristol, em comunicado. “O monitoramento de novas variantes deve ser uma parte fundamental da resposta de saúde pública no futuro.” 
 

Já Ellen Brooks-Pollock, também da Universidade de Bristol, considerou que foi uma “sorte” que a variante tenha surgido em uma área coberta por testes de genoma de rotina, o que permitiu que ela fosse identificada mais rapidamente pelas autoridades. “Futuras mutações podem surgir e se espalhar sem controle”, disse ela. 

 

Fonte: Valor




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