Saúde ganha força no mercado de ações
15/03/2021

O mercado de ações brasileiro está movimentado. Só nos primeiros meses de 2021, a bolsa de valores já recebeu 15 novos IPOs - processo de abertura de capital e listagem das ações de uma empresa na bolsa. E o setor de saúde tem uma representação significativa nessa parcela: Bionexo, Hospital Mater Dei, Rede D’Or São Luiz, Dasa e outras já foram à bolsa ou estão na fila para realizarem suas ofertas iniciais de ações.  

Parte dessa movimentação se dá devido à grande demanda por serviços de saúde, tanto por causa da pandemia quanto por causa de outros fatores, como, por exemplo, o envelhecimento da população.

Investidores estão aumentando os investimentos na área da saúde. Em dezembro de 2020, a Rede D’Or São Luiz passou a negociar suas ações e se tornou o terceiro maior IPO de uma empresa brasileira da história, o maior desde 2013, valendo R$ 11,39 bilhões de reais. A operação avaliou o grupo em R$ 112,5 bilhões de reais, o que o colocou entre as 10 empresas brasileiras mais valiosas listadas na B3.

A Rede D’Or se junta a outras empresas do ramo da saúde com capital aberto, como Raia Drogasil, Fleury, Hypera Pharma, Hapvida e Notre Dame Intermedica. Além de ter sido o maior IPO do ano, a Rede D’Or abriu caminho para outras companhias ligadas ao setor de saúde seguirem o mesmo rumo.

O ‘boom’ da saúde está só começando

Neste primeiro trimestre são esperados ainda IPOs dos hospitais Mater Dei e Care Caledônia (holding da Hospital Care), da Viveo (holding de negócios de saúde da Cremer e da Mafra Hospitar), da Blau Farmacêutica e da distribuidora de medicamentos Elfa (do fundo Pátria), da produtora de softwares para o setor médico Bionexo e da Teuto, farmacêutica que pretende levantar R$ 1 bilhão de reais. Além destas, é aguardado o relançamento das ações da rede de medicina diagnóstica Dasa, com potencial para levantar até R$ 7 bilhões.

Além destes IPOs, duas empresas que já tinham capital aberto negociaram uma fusão. A Hapvida e a Notre Dame Intermédica firmaram um acordo onde a empresa combinada terá 8.4 milhões de clientes de saúde e 70 hospitais espalhados pelo país, além de um valor de mercado de R$ 110,5 bilhões (11ª mais valiosa na B3).

Fatos como estes fazem o setor da saúde ser um dos mais prolíficos geradores de novas empresas para a bolsa brasileira, aumentando a competitividade deste setor altamente fragmentado devido a pandemia. Além disso, possibilita aquisições, que são capazes de integrar as operações, reduzindo custos; e possibilita um fluxo maior dos pacientes dentro dos serviços oferecidos pelos hospitais.

Outro fator que contribui para esse crescimento é o fato de que o setor de Healthcare é um dos que mais atrai interesse de investidores estrangeiros, junto ao da tecnologia, por ser um setor com potencial de consolidação enorme.

Segundo a avaliação de Hans Lin, cochefe da área de banco de investimento do Bank of America no Brasil, as ofertas de ações e rodadas de investimento privado devem ajudar a impulsionar fusões e aquisições. “O boom no setor da saúde está só começando”, completa.





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