Empresas, Einstein e Prefeitura de SP vão construir centro com 40 UTIs para covid-19
19/03/2021

 

Em razão do agravamento da pandemia de covid-19 na cidade de São Paulo, levando ao esgotamento da rede hospitalar, cinco grupos empresariais decidiram se unir na construção de um hospital especializado e dedicado ao tratamento de pacientes com casos graves da doença. 
 

Gerdau, Suzano, BTG Pactual e Península Participações uniram esforços com o Hospital Israelita Albert Einstein e a Prefeitura de São Paulo para construir um novo centro de tratamento da covid-19 na capital paulista. O grupo empresarial vai aportar R$ 22 milhões no empreendimento de saúde. 

 
O hospital será 100% constituído de unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratamento da covid-19. Ao todo serão 40 UTIs, as quais ficarão definitivas para o Hospital Municipal Vila Santa Catarina, da prefeitura, dedicadas a pacientes oncológicos e transplantados. 
 

A gestão e operação hospitalar será do Albert Einstein. A Gerdau, além do aporte, oferecerá aço que será utilizado como principal matéria-prima para o método construtivo, além da experiência em obras com estruturas metálicas. 
 

A unidade hospitalar será um anexo do complexo do Hospital Municipal Vila Santa Catarina, na região Sul da cidade. Inaugurado em 2015 (a primeira fase), foi considerado, na época, o primeiro hospital municipal de alta complexidade e contou com a participação do Einstein, responsável pela gestão e operação, com atendimento 100% pelo SUS. 

 

A unidade hospitalar contará com cerca de 215 profissionais, entre médicos e equipe multidisciplinar, alocados na nova UTI. 
 

Sidney Klajner, presidente do Einstein, destacou a responsabilidade com a cidade de São Paulo e o compromisso em colaborar com o sistema de saúde do país. “Além de responsáveis pela gestão e operação desse que é o único hospital municipal de alta complexidade, nos unimos à iniciativa privada e à prefeitura para viabilizar esse projeto de tanta relevância, pensando imediatamente no acesso ao tratamento da Covid-19 e também ao legado que contaremos para atendimento à oncologia e transplantes que realizados de forma continuada”. 

“Estamos num momento de grande criticidade com hospitais que chegaram ao limite da capacidade de atendimento e de cidades cujo sistema público de saúde já estão à beira do colapso. Esta iniciativa, que reúne as forças de seis organizações, vai ter impacto direto na comunidade do entorno, inclusive nos pacientes de alto risco atendidos neste hospital de alta complexidade. Isso resultará em mais vidas que poderão ser cuidadas adequadamente e salvas”, afirma, em nota, Guilherme Schettino, diretor do Instituto Israelita de Responsabilidade Social - Hospital Albert Einstein. 

Para Gustavo Werneck, presidente da Gerdau, no ano em que faz 120 anos de fundação, é importante o grupo participar da construção do terceiro equipamento hospitalar de combate à covid-19 no Brasil. “São novos leitos que ficarão de legado para a sociedade após esse período desafiador”, disse. 

A montagem será feita no modelo construtivo de tecnologia modular pela Brasil ao Cubo, empresa especializada nesse tipo de obra. O grupo Gerdau é acionista com 33% do capital da empresa. 

"Entendemos que a união de esforços é fundamental para garantirmos a saúde e segurança da sociedade diante desse cenário tão delicado. Por isso, desde o início da pandemia, estamos engajados em participar e apoiar movimentos com os setores público e privado que ajudem no combate à propagação do coronavírus e na preservação da vida, ao mesmo tempo que mantemos foco na manutenção de nossas operações e na produção de itens tão essenciais para a população", afirma Walter Schalka, presidente da Suzano. 

 

O presidente do BTG Pactual, Roberto Sallouti, declarou que o banco segue mobilizado no apoio a medidas de combate ao Coronavírus. “Desde o ano passado já beneficiamos mais de 2,5 milhões de pessoas em 16 estados brasileiros por meio da iniciativa #NumerosQueImportam. Seguiremos trabalhando para que estas iniciativas de apoio à saúde e à sociedade cheguem o mais rápido possível às pessoas.” 

“Minha família, por meio da Península Participações, segue se empenhando para tentar minimizar as dores desta pandemia e sabemos que estamos em um momento muito crítico no setor da saúde. Por isso, poder ajudar na construção desses novos leitos de UTI com agilidade e competência de todos os envolvidos e ajudar a salvar vidas dessa maneira direta nos traz esperança no meio de tanta dificuldade que nosso país está passando.”, João Paulo Diniz 

Obras têm início em março 

Segundo a nota conjunta, as obras terão início ainda em março e a totalidade dos leitos será entregue até o final de abril. A montagem será estruturada a partir da técnica criada pela Brasil ao Cubo, que permite entregar obras em caráter definitivo e com velocidade quatro vezes maior que uma edificação comum. 
 

No ano passado, durante a pandemia, a Gerdau, a Prefeitura de São Paulo, Ambev e Einstein uniram forças e construíram uma unidade hospitalar com 100 leitos, anexa ao Hospital Municipal M’Boi Mirim, também com gestão do Albert Einstein. A Brasil ao Cubo foi a responsável pela montagem e realizou outros cinco projetos desde o início da pandemia. 

 

Fonte: Valor




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