Com vacinação mais lenta, abril projeta mais de 80 mil mortes por covid
13/04/2021

O Brasil atingiu no último domingo uma média móvel de 778.654 doses de vacinas contra o coronavírus aplicadas por dia em todo o país. O número está próximo do recorde, atingido no dia anterior (média de 787.946 doses por dia). Embora estejamos no patamar mais alto desde o início do Plano Nacional de Imunização (PNI), o ritmo de crescimento da vacinação vai perdendo força.

Entre o final de janeiro e o final de fevereiro, a média de doses aplicadas diariamente girou em torno de 250 mil. Houve um salto relevante na primeira semana de março, quando, no dia 7, a média móvel de doses passou pela primeira vez da casa dos 360 mil, uma alta de 44%. Uma segunda onda de aceleração ocorreu entre 19 de março e 1º de abril, quando a média móvel dobrou, de 372,2 mil para 746,5 mil. Os dados são do Laboratório de Estudos Espaciais do Centro de Pesquisas Computacionais da Rice University, dos Estados Unidos.

 

Mas nos últimos dez dias o ritmo está mais ou menos estagnado. E ele ainda é bem inferior à capacidade do SUS, que poderia aplicar até 2 milhões de doses a cada 24 horas. E isso ocorre por um motivo simples: não há vacinas disponíveis para serem ministradas. Na prática, é como uma fábrica que pode produzir 1.000 carros por dia, mas só produz 500 porque não há peças suficientes.

Até ontem, 23,28 milhões de brasileiros já haviam recebido ao menos a primeira dose de alguma vacina. O número equivale a 11% da população brasileira. Mas a segunda dose, que garante ao menos alguma dose de imunidade, foi aplicada em pouco mais de 7 milhões de pessoas, ou apenas 3,33% da população.

 

Significa dizer que o Brasil levou quase três meses (desde 17 de janeiro) para imunizar 3,33% dos seus habitantes. O número é muito baixo. Mesmo se levarmos em consideração a média atual, de 778,6 mil doses diárias, ainda levaríamos 240 dias para aplicar ao menos uma dose em cada brasileiro, ou oito meses.

Fonte: Exame




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