Dasa compra Hospital da Bahia por R$ 850 milhões
02/06/2021

 

Dentro de sua estratégia de participar dos vários elos da cadeia de saúde, o Grupo Dasa fechou a aquisição de 100% do Hospital da Bahia, em Salvador, por R$ 850 milhões. A transação marca ainda a entrada da companhia na capital baiana, onde sua rede medicina diagnóstica detém a liderança de mercado. 
 

Hoje, o grupo tem hospitais em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Maranhão. “Nosso propósito é integrar desde a baixa complexidade até a alta complexidade. Com o hospital da Bahia e os laboratórios Leme e Image, que são do grupo, temos um ecossistema integrado”, disse Pedro Bueno, presidente do Grupo Dasa. 

 

É a primeira grande aquisição após o “re-IPO” (oferta de ações para empresas já listadas) da companhia, que levantou R$ 3,3 bilhões em abril. 
 

Com receita de cerca de R$ 300 milhões e 309 leitos operacionais, o Hospital da Bahia era uma dos ativos mais cobiçados há anos, entre outros motivos por estar localizado em Salvador. 
 

Em 2016, o conglomerado chinês de investimentos Fosun esteve próximo de adquirir o controle do hospital. A meta era criar uma rede de hospitais no país, mas após um ano e meio de negociações os fundadores desistiram devido às incertezas dos chineses. 
 

O valor da transação representa um múltiplo de 13 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda). Cada leito foi avaliado em R$ 2,4 milhões considerando nessa conta que hospital abrirá mais 111 leitos. A negociação envolveu ainda a quitação de uma dívida que o Hospital da Bahia tinha com a Petros, fundo de pensão da Petrobras, levantada para construção do empreendimento em 2006. 
 

A Dasa também anunciou, em maio, a compra da corretora Case, que faz serviços de corretagem e consultoria de gestão de planos de saúde para empresas que oferecem o benefício a seus funcionários. Com isso, o Hospital da Bahia e a corretora Case somam um investimento de mais de R$ 1 bilhão. 

 

A Dasa iniciou o processo de criação uma plataforma de saúde em 2017, mas essa diversificação ficou mais visível a partir de novembro de 2019, quando foi anunciada uma integração da rede de medicina diagnóstica da Dasa com os hospitais da Ímpar — ambos controlados pela família Bueno. 
 

Após essa junção dos ativos, a companhia iniciou um forte processo de aquisições de hospitais, corretoras, laboratórios e empresa de gestão de saúde. A maior transação, até o momento, é a compra do Hospital Leforte, que tem três unidades em São Paulo, por R$ 1,7 bilhão. 
 

No total, a companhia já investiu R$ 8 bilhões em aquisições, expansão orgânica e tecnologia para criação de um ecossistema de saúde. 
 

Os hospitais, laboratórios e empresas de gestão da Dasa estão integrados numa única plataforma tecnológica. O sistema aponta, por exemplo, exames com diagnósticos graves e alerta o médico ou paciente. Numa outra época, esse exame poderia ficar esquecido no laboratório e levar a complicações. Com essa verticalização, a Dasa quer ter melhor controle dos custos e do resultado final do atendimento. 
 

Atualmente, a Dasa tem uma rede com 12 hospitais, que juntos possuem 13 unidades e 3,4 mil leitos. Entre esses hospitais estão Nove de Julho e Santa Paula (SP), São Lucas (RJ) e Hospital Brasília, entre outros. Há ainda uma rede de laboratórios com 1 mil unidades com bandeiras como Delboni Auriemo, Sérgio Franco, SalomãoZoppi, Alta Diagnóstica. Outros braços de negócios da companhia são a Dasa Empresas, que presta serviços de corretagem e administração de planos de saúde corporativos para 900 mil usuários; a empresa que gestão de saúde GSC que atende cerca de 150 mil pessoas e a Dasa Educação, voltada a cursos, eventos e conteúdo na área de saúde. 

 
 

Fonte: Valor




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