Nos testes de vacinas, os participantes geralmente são divididos em dois grupos: um recebe o imunizante de fato e outro recebe um placebo. Nesse caso, os voluntários receberão ou a vacina em teste, a ButanVac, ou a chamada vacina de comparação, a CoronaVac, que também foi desenvolvida pelo Butantan, em parceria com a empresa chinesa Sinovac.
A alteração foi solicitada pelo Butantan, que relatou à Anvisa dificuldades para encontrar voluntários para o estudo.
As fases 1 e 2 dos estudos clínicos da ButanVac, que estão sendo realizadas de forma simultânea, foram dividas em três etapas (A, B e C). A mudança autorizada pela Anvisa corresponde à etapa A, que vai envolver 400 voluntários. No total, a previsão é que 6 mil voluntários participem da pesquisa.
Como o GLOBO mostrou em junho, a medida faz parte da estratégia do Butantan de realizar o estudo de forma mais rápida do que de outros imunizantes testados no Brasil. As pesquisas da ButanVac foram desenhados para durar 17 semanas.
A título de comparação, entre o início da fase 1 de testes da vacina da Pfizer e a divulgação dos resultados da fase 3 passaram-se 32 semanas. Em relação à AstraZeneca foram 33 semanas. Quase metade do proposto para a ButanVac.