Hospitais privados de SP relatam falta de remédios
20/04/2022

A falta de medicamentos em alguns hospitais e postos de saúde da rede pública começou também a ser sentida em hospitais da rede privada de São Paulo. O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (Sindhosp) afirmou ontem que tem recebido queixas sobre o problema de instituições localizadas em todas as regiões do Estado. 

“O problema de abastecimento tem múltiplas causas, sendo o principal o conflito Rússia x Ucrânia, que dificultou as importações e causou o aumento dos preços dos insumos”, disse por meio de um comunicado o presidente do Sindhosp o médico Francisco Balestrin. 

 

Segundo a entidade, os ingredientes farmacêuticos ativos (IFA), elementos-chave para qualquer medicamento, são em grande parte importados pelo Brasil, e o conflito tem comprometido essa cadeia logística. 

“Soma-se ainda a dificuldade de liberação de produtos nos portos e aeroportos devido a movimentos grevistas”, acrescentou Balestrin no comunicado. Embora greve e a guerra possam estar dificultando aquisição de medicamentos nas últimas semanas, instituições públicas de saúde já vinhan relatando dificuldades de receber alguns remédios nos últimos meses. 

De acordo com o Sindhosp, as maiores queixas de falta de medicamentos entre hospitais e clínicas paulistas dizem respeito à Dipirona (amplamente usada por sua ação analgésica), Ocitocina, (usada em partos), Neostigmina (um reversor do bloqueio neuromuscular utilizado em anestesias gerais), aminoglicosídeos (bactericidas) e imunoglobulina humana (usado no controle de problemas imunologicos e inflamatórios). 

Dois dos principais hospitais privados do país, o Albert Einstein e o Sírio-Libanês (ambos em São Paulo), comentaram a escassez de alguns remédios apontados pelo sindicato. O Sírio afirmou que a falta de imunoglobulina, em particular, é um cenário mundial, mas que está “conseguindo gerenciar sem nenhum prejuízo assistencial”. O Einstein disse que “neste momento” não identifica risco de desabastecimento para atendimento aos paciente de Dipirona, Ocitocina e Neostigmina. 

O sindicato prepara uma consulta a seus mais de 400 associados para um retrato mais detalhado sobre as dificuldades na compra de medicamentos. A pesquisa deve ser enviada às instituições logo depois do feriado de Tiradentes. 

 

Fonte: Valor




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