Einstein põe R$ 700 milhões em pesquisa e ensino em SP
22/04/2022

Com investimento de R$ 700 milhões, o Hospital Albert Einstein abre hoje as portas de seu novo centro de pesquisa e ensino com uma área de 4 mil m2, anexo ao hospital, no bairro do Morumbi, em São Paulo. 

Uma estrutura desse porte, que conta com modernos laboratórios e equipamentos, é também uma forma de atrair e reter pesquisadores e médicos renomados num momento de forte competição no setor. Os hospitais filantrópicos estão perdendo profissionais de primeira linha para grupos consolidadores como Rede D’Or e Dasa que, além de oferecerem remunerações polpudas, estão investindo em centros de pesquisa. Recentemente, o Hospital Sírio-Libanês anunciou a criação de um fundo patrimonial de R$ 100 milhões com foco em pesquisa, diante do atual cenário competitivo. 

 

Do investimento total no novo instituto, o Einstein tirou R$ 550 milhões do caixa do hospital e a outra fatia de R$ 150 milhões veio de doações de empresas e pessoas físicas. O projeto foi idealizado há três anos, quando foi orçado em R$ 400 milhões. Esse aumento deveu-se, principalmente, à alta do dólar, uma vez que boa parte dos equipamentos dos laboratórios é importada. 

“Com certeza, essa estrutura, que desconheço haver em outro lugar no mundo, atrai pesquisadores e médicos”, disse Sidney Klajner, presidente do Hospital Albert Einstein, ao ser questionado sobre a concorrência. “Mas eles também são atraídos pela nossa política constante de investimento em pesquisa há mais de duas décadas. O Einstein investe R$ 100 milhões, por ano, em pesquisa. “As pesquisas demandam anos de dedicação. Temos em andamento 700 projetos e durante a pandemia pudemos ver a importância da ciência. Conseguimos tantos resultados positivos graças ao que fazemos há anos”, disse Luiz Vicente Rizzo, diretor de pesquisa do Einstein. 

 

O Hospital Albert Einstein também vai abrir novas graduações. Neste ano, começa o curso de fisioterapia e em 2023, odontologia, administração em saúde e engenharia biomédica. “Além desse novo espaço, vamos manter e expandir as outras nove unidades que temos para ensino e pesquisa”, disse Alexandre Holthausen, diretor de ensino do Einstein. 

A graduação de medicina, que formou sua primeira turma no ano passado, é uma das mais disputada do país. Um dos atrativos é que os alunos têm a sua disposição a estrutura do Einstein e grandes chances de seguir carreira numa instituição que é referência. O hospital tem um processo seletivo que envolve, além do conhecimento acadêmico, entrevistas dos candidatos para abordagens socioemocionais. Além disso, são concedidas bolsas. Hoje, cerca de 10% dos alunos têm algum tipo de desconto na mensalidade de R$ 9,8 mil. 

Os alunos de medicina e enfermagem já estão tendo aulas no novo centro, que possui 40 salas, biblioteca e várias áreas para estudos. “É um espaço em que os jovens vêm para estudar, almoçar até fazer shows. Já tivemos várias apresentações musicais. É um local que tem o silêncio que precisa ter no momento certo, mas não é intimidador, pelo contrário, é acolhedor”, disse Klajner. 

Com 1 mil m2 de Mata Atlântica, o espaço foi idealizado pelo arquiteto israelense Moshe Safdie, autor de projetos em vários países no mundo como o Museu do Holocausto, aeroporto de Cingapura, entre outros. No centro de pesquisa do Einstein, foi instalada uma grande cúpula de vidro no teto que deixa transparecer a claridade do sol que beneficia a vegetação. Alguns detalhes chamam atenção. Ao olhar para o teto, o visitante se depara com centenas de pequenas serigrafias em formato redondo, nas cores marron e amarelo, impressas na cúpula de vidro. O objetivo é simular as sombras de árvores das florestas para que a vegetação plantada dentro do centro de pesquisa floresça. 

Fonte: Valor




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