A Associação Evangélica Beneficente de Minas Gerais (AEBMG), dona do Hospital Evangélico de Belo Horizonte e mais oito unidades de saúde, vai ampliar a oferta de leitos em sua rede neste ano. A ampliação será feita no Centro de Nefrologia do HE em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O superintendente executivo da AEBMG, Perseu Verçosa Perruci, disse que a unidade em Contagem terá ampliação de atuais 638 leitos, mais 74 pacientes atendidos em casa, para 948 leitos. A instituição também acabou de fechar um acordo com a Prefeitura de Betim para a construção um hospital a partir de 2023.
O executivo não informou valores, mas disse que a AEBMG fechou 2021 no azul, após nove anos de prejuízos. O grupo passou por uma reestruturação a partir de 2020, com corte de custos, foco em produtividade e troca de 15 gestores. “Todas as decisões ficavam concentradas no presidente. Isso mudou. A gestão operacional passou a ser feita no nível da superintendência. Isso deu mais celeridade às decisões”, disse Perruci. Também houve redução dos estoques e centralização das compras para reduzir custos. O endividamento está em R$ 123,7 milhões, estável em relação a 2020, segundo a AEBMG.
A instituição mantém na capital mineira o Hospital Evangélico de BH, dois centros de nefrologia, um centro oftalmológico e um laboratório de análises clínicas. Além disso, conta com um centro de nefrologia em Contagem e outro em Betim - onde também estão um centro oftalmológico e uma clínica de oncologia. A instituição possui ainda uma escola de enfermagem em Venda Nova.
A AEBMG avalia ainda ampliar a oferta de leitos no Hospital Evangélico de BH, que hoje possui 161 leitos comuns e 20 de terapia intensiva (CTI). O plano de médio prazo é ampliar a oferta para 250 leitos comuns e 40 de CTI.
Por ano, a rede da associação atende 200 mil pessoas em todas as unidades e realiza 1,37 milhão de procedimentos médicos pelo SUS, convênios e particulares. A rede é a maior prestadora do Sistema Único de Saúde (SUS) para atendimentos de nefrologia (doenças renais) em Minas Gerais, com mais de 36 mil atendimentos por ano. Perruci disse que o número de atendimentos em nefrologia aumenta 30% ao ano, em média.
Para este ano, a previsão da rede da AEBMG é crescer de 30% a 40%, após ter crescido 28% em 2021, com um faturamento de R$ 191 milhões. Essa expansão, segundo Perruci, será obtida principalmente com aumento de atendimentos por convênios com prefeituras, e mais cirurgias eletivas. Já as verbas parlamentares serão menores neste ano, de R$ 4,5 milhões, ante R$ 13 milhões em 2021.
Atualmente, 75% dos atendimentos na rede do HE são feitos pelo SUS. O restante são pacientes de convênios com prefeituras, de planos de saúde e particulares. Perruci disse que, para melhorar o resultado financeiro, o ideal seria ter 35% de pacientes vindos de convênios com prefeituras, de planos de saúde e particulares e 65% do SUS.