Healthtechs precisam de soluções aderentes à legislação
20/05/2022

Em fevereiro deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), contabilizou mais de 49 milhões de beneficiários de planos de saúde no Brasil, além de quase 700 operadoras ativas. Para dar uma dimensão do crescimento do setor, em março de 2020, havia pouco mais de 47 milhões de beneficiários no país. Diante dessa ampliação na área de saúde suplementar, também aumentam os serviços e empresas voltados para o segmento. Dados da consultoria Distrito mostram que o Brasil passou de 248 healthtechs em 2018 para 1002 em 2021. Além disso, no ano passado, essas empresas receberam mais de US$ 530 milhões em investimentos, enquanto que em 2020 o volume total foi de US$ 127, 8 milhões.

Porém, é importante analisarmos de forma ponderada esses dados. A pandemia impulsionou o uso de tecnologias na área da saúde – exemplo é o salto da telemedicina -, o que levou a um crescimento ainda maior de empresas. Mas é fundamental que esses negócios estejam atentos aos desafios do setor. Na área da saúde suplementar, por exemplo, é muito importante desenvolver soluções que estejam alinhadas às normativas da ANS e que sejam passíveis de atualização sempre que houver novas resoluções. Atualmente, os sistemas e ferramentas são automatizados e muito ágeis, o que facilita, inclusive, o rastreamento e auditoria por parte dos órgãos reguladores. A tecnologia também permite que as empresas forneçam relatórios mais detalhados e aprofundados sobre os usuários, utilização e outros dados.

Além de garantir segurança e agilidade, essas soluções aderentes à legislação e às demandas do mercado podem ser a chave do sucesso para as healthtechs. O caminho para o crescimento dessas empresas também passa pela busca de parcerias e inovação. Apostar em iniciativas em conjunto com outras empresas, entidades, universidades e até mesmo operadoras pode ajudar na busca de produtos e serviços realmente inovadores e que resolvam dores do segmento. Para apoiar neste processo, acredito muito em projetos de inovação aberta, que permitem expandir a conexão com diversos atores e, até mesmo, para outros setores e locais.

Todos esses fatores demonstram o alto potencial do setor. Porém, o caminho das healthtechs exige muita responsabilidade, pesquisa e esforço, além, é claro, de uma alta dose de inovação. Afinal, atender pacientes, médicos, operadoras, clínicas e hospitais não é tarefa simples e requer agilidade e muita qualidade. Contudo, com o uso de ferramentas, tecnologia avançada e por meio de parcerias, podemos avançar no atendimento à saúde no país. Democratizando, assim, o acesso e garantindo um cuidado ainda mais humanizado e assertivo.


*Daniel Torres é CEO da Zitrus.





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