CMIO? Quem é o novo profissional que vai liderar tecnologia nos hospitais
03/06/2022

O avanço da tecnologia e os reflexos da pandemia de covid-19 têm gerado novos paradigmas no ecossistema de saúde. Muito se fala em transformação digital, integração de sistemas, softwares inteligentes, prontuários eletrônicos e segurança de dados. Mas os hospitais perceberam que faltava um elo para interligar a equipe médica e de TI.

É assim que surgiu o cargo de Chief Medical Information Officer (CMIO), que pode ser traduzido para líder ou diretor de informática médica. Cargo comum nos Estados Unidos, a função já existe em alguns hospitais de ponta brasileiros e, agora, começa a migrar para as empresas de tecnologia — que prestam serviços a esses players.

 

Não é à toa: o mercado de healthcare é gigantesco no país. Somente o setor hospitalar privado gera receita bruta anual estimada em mais de R$ 30 bilhões, segundo a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Já o de assistência privada à saúde, que movimenta cerca de R$ 90 bilhões ao ano, de acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).

A CTC, uma das 150 maiores empresas de tecnologia do país, é um exemplo. “Criamos recentemente o cargo de CMIO não apenas porque estamos alinhados com esta tendência em healtcare, mas também porque queremos avançar para a consolidação de nossa estratégia de interoperabilidade, que é oferecer, aos players de saúde, a integração e o compartilhamento total entre sistemas diversos”, afirma Valter Lima, CEO da CTC.

Tarefas

Um CMIO é geralmente um médico especializado em tecnologia da informação. Em uma organização, ele é responsável por treinar equipes clínicas no uso de softwares, implementar e integrar sistemas e decidir qual o melhor tipo de tecnologia a ser utilizada para alcançar um atendimento de qualidade de pacientes.

O médico Guilherme Zwicker, o novo CMIO da CTC, explica que outra função importante do líder em informática médica é a prevenção de danos. Especializados em analisar dados, esses profissionais ajudam as empresas a conter gastos desnecessários, antecipar tendências e mesmo evitar ataques hackers, garantindo a sustentabilidade do player de saúde.

“É um cargo de extrema responsabilidade, que se mostra essencial em um mundo progressivamente dependente da tecnologia”, afirma Zwicker. “E num futuro não muito distante, não há dúvidas de que todos os médicos serão digitais, já que a medicina e a tecnologia caminham cada vez mais juntas no cuidado de pacientes.”

Fonte: Exame




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