Com alta de casos de covid-19, prefeitura de SP abre leitos para síndromes respiratórias
14/06/2022

Com o crescimento de casos de covid-19, a Prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (13) que 50 novos leitos vão ser disponibilizados para tratar pacientes com a doença ou com síndrome respiratória aguda grave. Desse total, 40 são de enfermaria e 10, em UTIs. 

Segundo dados do Painel Covid-19 da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os hospitais municipais têm taxa de ocupação de 73% para leitos de UTIs e 63% nas enfermarias. Em 1º de junho, as duas taxas estavam respectivamente em 53% e 38%. 

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No Hospital Municipal Brasilândia, na zone norte de São Paulo, a secretária informou que a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 está em 84%. Já no Hospital Municipal Professora Lydia Storópoli, na região central, esse valor é de 86%. 

Os casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causados por covid-19 registraram aumento na capital paulista. Segundo dados do Painel Covid-19, durante o mês de abril, a média móvel diária era de aproximadamente dez casos da síndrome com associação à doença. 

Em meados de maio, esse número subiu paulatinamente, chegando a 55 casos no fim do mês. Nos primeiros dias de junho, foi registrada uma queda sucessiva da média móvel, chegando a aproximadamente 23 casos na última sexta-feira (10). 

Os casos registrados de covid na cidade também seguem um padrão semelhante. Durante grande parte de abril, a média móvel diária dos novos diagnósticos ficou por volta de 300. No final de abril e durante todo o mês de maio, esse número aumentou gradualmente. 

No início de junho, o valor já era de mais de 2.000 casos diários. No entanto, uma pequena queda vem sendo observada nos últimos dias –como no último sábado (11) com 1.671 de média móvel. 

O aumento de casos de covid e a procura por atendimento médico já era sentida em hospitais privados. Por exemplo, o Hospital Nipo-Brasileiro tinha uma média de 60 atendimentos no pronto-atendimento respiratório durante o mês de abril. No dia 30 de maio, este número saltou para 400. 

 

O hospital, inclusive, precisou retomar a estrutura para casos de covid utilizada em momentos mais críticos da pandemia, que nos últimos meses tinha sido adaptada para atender pacientes com outras doenças. 

Decisão parecida foi tomada pelo Hospital Sírio-Libanês. A alta na demanda no pronto-socorro em meio ao aumento de casos de covid fez com que fosse reaberta áreas destinadas às síndromes respiratórias que já tinham sido fechadas em março. 

No início de maio, a média de atendimentos diários eram de 300, mas eles saltaram para em torno de 420 no final daquele mês. 

O aumento do número de casos de covid já é sentido nacionalmente. Na última terça-feira (7), o Brasil registrou 80.603, maior número desde 25 de fevereiro. Nesta data, a média móvel de casos em relação a duas semanas anteriores teve um crescimento de 144%. 

O boletim infogripe da Fiocruz já vem apontando uma tendência no aumento de casos da srag. A última edição do documento, publicado na última quinta-feira (9), estimou cerca de 7.700 casos da síndrome na semana de 29 de maio a 4 de junho. Na semana anterior, essa estimativa foi de 7.200. 

Segundo a instituição, nas últimas quatro semanas, 69% dos casos de Srag tiveram exame positivo para a covid-19. 

Fonte: Valor




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