A taxa de ocupação dos hospitais de operadoras com rede própria no mês de maio atingiu 80,3%, o que representa uma alta de 6,3 pontos percentuais quando comparado ao mesmo período de 2021. É a maior taxa de ocupação desde 2019, ou seja, antes pandemia, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com base em informações de 48 operadoras verticalizadas. 
 

O que puxou para cima esse indicador foram os procedimentos eletivos. O volume de pacientes internados por covid vem caindo desde janeiro e no mês de maio a taxa de ocupação foi de 38,4%. Em maio de 2021, havia sido de 73,6%. 
 

No entanto, a taxa de sinistralidade ainda não apresenta essa alta nas taxas de ocupação. Um dos motivos é porque há um atraso entre o tempo de internação e a cobrança feita pelos hospitais. Em maio, a sinistralidade ficou em 81% contra 79% de igual período de 2020. Considerando os dados de abril e maio, o indicador ficou em 86%, uma alta de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2019. 
 

“Os dados de certa forma apoiam nossa visão de tendências de taxa de sinistralidade ainda pressionada no segundo trimestre deste ano, embora uma deterioração ainda possa nos surpreender negativamente. No entanto, [esse impacto] pode começar a perder força à medida que os reajustes do plano começam a ganhar mais força”, segundo relatório do Citi. 
 

O banco destaca ainda que o aumento na taxa de ocupação nos hospitais deve, consequentemente, “ser um bom presságio para o crescimento da receita líquida e alavancagem operacional para provedores de serviços como a Rede D’Or, embora as comparações difíceis ainda persistam no segundo trimestre de 2022”, diz o Citi. 
 

Ainda de acordo com dados da ANS, o mês de maio registrou 49,6 milhões de usuários de planos de saúde, o que representa um aumento de 1,6 milhão de pessoas com convênio médico em relação há um ano antes. Considerando o mês de maio, houve uma inclusão entre 200 mil e 300 mil usuários.