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A UnitedHealth, maior seguradora de saúde americana, deverá gastar cerca de US$ 13 bilhões na aquisição de uma gestora de medicamentos vendidos sob receita médica a 35 milhões de pacientes. Em meio a uma consolidação no setor que continua em ritmo desenfreado, a aquisição está sendo considerada o maior negócio registrado no processo de fusões e aquisições de empresas de saúde em todo o mundo. As informações são do Valor Econômico.

A UnitedHealth também anunciou que a compra da Catamaran Rx, quarta maior administradora americana de benefícios farmacêuticos, por US$ 61,50 por ação em dinheiro. A proposta é fundir a Catamaran Rx com a OptumRx, provedora de programas de gestão de benefícios farmacêuticos da UnithHealth, para a criação de uma nova companhia do segmento. Totalizando US$ 12,8 bilhões, a ideia representa um prêmio de 27% sobre o preço das ações no fechamento de sexta-­feira.

Atuando como intermediárias entre as indústrias farmacêuticas e as seguradoras de saúde, as gestoras de benefícios farmacêuticos representam um papel que se tornou fundamental à medida que o sistema de saúde americano tenta enfrentar a inflação crescente no preço dos medicamentos.

Juntas, a Optum e a Catamaran deverão controlar aproximadamente 1 bilhão de prescrições médicas por ano e esperam que esse número lhes dará força para conseguir grandes descontos das farmacêuticas em troca de acesso a seus pacientes.

Os medicamentos representam cerca de 10% das despesas com saúde nos EUA, mas os preços sobem rapidamente. Além disso, de acordo com a Express Scripts, maior gestora de benefícios farmacêuticos, os preços dos medicamentos de marca subiram 15,4% em 2014, em comparação com uma alta de 5,6% nos custos gerais com saúde. Em parte, esse crescimento ocorre pelo fato de que uma nova geração de remédios especiais, mais caros, está chegando ao mercado.

Mercado - A israelense Teva entrou na prática de fusões e aquisições ao efetuar, nesta segunda-feira (30), por US$ 3,2 bilhões, a aquisição da Auspex, desenvolvedora californiana de medicamentos focados em distúrbios do sistema nervoso central.

A empresa busca identificar novos ativos para se preparar para a iminente concorrência de genéricos ao Copaxone, medicamento para distúrbios do sistema nervoso central responsável por um quinto de seu faturamento e metade de seu lucro. Conforme Erez Vigodam, executivo-­chefe da Teva, o negócio representa um passo inicial importante no sentido de incrementar o crescimento, sugerindo a possibilidade de novas aquisições.

Na sexta-feira, a proposta de US$ 101 por ação ficou 42% acima da cotação de fechamento da Auspex, evidenciando os prêmios substanciais que as companhias farmacêuticas estão aceitando pagar, em meio à onda de crescimento via aquisições que já dura um ano.

Em outro negócio, a Horizon Pharmaceuticals, empresa com sede na Irlanda, informou que irá pagar cerca de US$ 1,1 bilhão em dinheiro na compra da Hyperion Therapeutics, empresa de biotecnologia sediada na Califórnia e especializada em doenças raras, muitas vezes negligenciadas pelos grandes grupos farmacêuticos devido ao número reduzido de pacientes.

A oferta de US$ 46 por ação da Hyperion representa um prêmio de 35% sobre o preço médio ponderado pelo volume negociado nos últimos 60 dias e um prêmio de 7,6% sobre a cotação de fechamento na sexta-­feira.

Em outro negócio, a suiça Novartis anunciou uma parceria com a Aduro Biotech, que receberá US$ 750 milhões. As duas empresas vão colaborar em imuno­-oncologia, um tipo de tratamento contra o câncer.

As informações são do Valor Econômico.

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