Tecnologia inédita na região Sul também beneficia áreas como radiologia e cardiologia intervencionista
O Hospital Moinhos de Vento está implementando o uso do cateter Ekos, da Boston Scientific. Tecnologia considerada inédita na região Sul, o cateter vem sendo utilizado em intervenções ligadas à cirurgia vascular, radiologia e cardiologia intervencionista.
Segundo o cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento Alexandre Araújo Pereira, o principal avanço do cateter é permitir que seja possível ministrar uma menor quantidade de medicamento trombolítico para afinar o sangue. A tecnologia emite ondas ultrassônicas dentro do trombo com coágulo, possibilitando assim que se fragmente mais facilmente. “A utilização desses remédios em menores doses evita problemas como sangramentos intracerebrais e digestivos durante as intervenções”, esclarece o especialista.
Estreia da tecnologia no Hospital Moinhos de Vento
O cateter foi recentemente utilizado em uma paciente de 90 anos, moradora de Porto Alegre e que sofria de embolia arterial aguda de membro inferior. Com arritmia cardíaca, ela formou um coágulo que se deslocou para a perna. Em função da faixa etária e do alto risco de sangramento, a tecnologia foi fundamental na intervenção cirúrgica, permitindo que, através de ondas ultrassônicas, o coágulo se desprendesse, com um menor uso de medicamento trombolítico.
“O procedimento com o uso desta tecnologia permitiu que a paciente não perdesse a função renal, geralmente associada a dispositivos de trombectomia, utilizados para aspirar coágulos. Neste caso atendido, conseguimos evitar a amputação do membro”, revelou o cirurgião vascular. Assim, a tecnologia se mostrou um grande avanço para pacientes que possuem quadro agudo de oclusão arterial e que, devido ao risco aumentado de sangramento, não é possível ministrar altas doses de trombolíticos.