Como tecnologias avançadas podem aumentar a eficiência na saúde?
26/05/2015 - por Nathalia Nunes

Com o tema, “Automação e robótica para mais eficiência na saúde – Como tecnologias avançadas estão mudando processos, desempenho, custos e eficiência em hospitais e sistemas de atendimento médico”, o Congresso Internacional de Sistemas de Saúde levou especialistas de diferentes elos do setor para a discussão do tópico.

“Quando se trata de automação, minha primeira provocação é saber o tamanho do problema para depois entendermos os processos que fazemos.”, disse Lauro Miquelin, Diretor da L+M, no início de sua apresentação. Para ele, a automação depende de um profundo conhecimento dos processos, boa tecnologia, com disponibilidade operacional, ou seja, funcionando 24/7 e 365 dias por ano e, por último, uma disponibilização de pessoas capacitadas e dispostas a uma capacitação contínua frente a mudanças.

Além de processos, temos que pensar no efeito do que criamos para as pessoas finais e, com a automação, é possível trabalharmos para uma maior personalização do atendimento e do tratamento oferecido ao paciente. “O uso da tecnologia permite uma mudança na forma de entregar cuidado. Ele permite que nossas ações sejam mais proativas, com modelos preventivos e preditivos, por exemplo, com o uso de wearable devices”, afirma Carlos Eduardo Pereira, professor titular de engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Vice-diretor do Parque de Ciência e Tecnologia da UFRGS – Porto Alegre/Brasil.

Em um sistema que passa de um modelo fee-for-service para fee-for-value, sistemas de Business Intelligence e Business Analytics são críticos para a identificação de um melhor cuidado e prognóstico. Já na transição para a medicina personalizada, a genômica, cada vez mais, vai representar um fator decisivo no tratamento.

Mark Blatt, diretor médico mundial do Grupo de Soluções corporativas do mercado de Saúde Intel Digital Health Group, trouxe estudos e cases que mostram como estes pontos serão integrados na rotina do cuidado. O primeiro deles apresenta o uso de genes como biomarcadores para doença arterial coronariana. Ele trouxe ainda um vídeo mostrando como será a rotina de um paciente em 2020.

Ao comparar a saúde com a indústria de manufatura, podemos ver que o modelo break/fix, em que se esperava que algo quebrasse para que fosse consertado, é o que predomina na saúde. Já no modelo de manutenção preventiva, onde é feito um cuidado em um equipamento para a diminuição da probabilidade de problemas, esperamos que esteja o futuro do cuidado de saúde.

Pensando nisso, Mitch Morris trouxe um vídeo do que acredita ser o cuidado em saúde no futuro.

Durante a discussão, Lauro Miquelin questionou sobre o modelo de negócios de uma medicina preventiva. “Os hospitais vão ganhar dinheiro fazendo um grande modelo de prevenção? Precisamos conversar com os players.

Como os hospitais vão ganhar dinheiro por uma medicina preventiva?”
Já Mark acredita que o ponto é garantir o melhor cuidado do paciente, mesmo que as instituições não se sustentem. “Metade das clínicas podem fechar, metades dos médicos podem ficar sem empregos, muitas pessoas vão sofrer, mas precisamos trabalhar nisso.”





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