O Hospital Meridional Cariacica, parte da rede Kora Saúde, anunciou que está oferecendo Transplante de Medula Óssea (TMO) para pacientes com doenças hematológicas graves. Este procedimento de alta complexidade, essencial para condições como leucemias, linfomas, síndromes mielodisplásicas e tumores sólidos, está acessível para os residentes do Espírito Santo, evitando a necessidade de deslocamento para outros estados.

O hospital, reconhecido nacionalmente por sua excelência em transplantes de órgãos, está capacitado para realizar todos os tipos de TMO, incluindo autólogos, alogênicos relacionados e alogênicos não relacionados.  
 

A disponibilidade deste serviço de alta complexidade já está estabelecida em diversas redes pelo Brasil, com mais de 2 mil transplantes realizados anualmente, conforme dados da Hematology, Transfusion and Cell Therapy, publicação científica da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. No entanto, a iniciativa é novidade no Espírito Santo, e visa atender melhor os pacientes locais e evitar deslocamentos para outros estados.

"Durante o tratamento do câncer, impactos sociais e psicológicos são muito evidentes para o paciente e para sua família. Por isso, manter o paciente em seu domicílio e próximo de sua família, com um serviço de excelência, é também humanizar o tratamento”, reforça Dr. Philip Bachour, hematologista e coordenador do serviço de TMO do hospital.

O processo de TMO no Hospital Meridional Cariacica envolve uma série de etapas cuidadosamente coordenadas. Inicialmente, os pacientes são submetidos a exames genéticos e moleculares para determinar a necessidade do transplante. Em seguida, são realizados exames de compatibilidade e iniciada a busca por doadores, antecipando-se às demandas futuras.
 

Para garantir o mais alto padrão de cuidado, a unidade de TMO conta com uma infraestrutura de ponta, incluindo dez leitos equipados com sistemas de filtragem de água e ar de última geração. Uma equipe multidisciplinar de especialistas está disponível para oferecer suporte abrangente, composta por hematologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas e odontologistas.

Enquanto isso, no cenário nacional, o Brasil enfrenta desafios contínuos em relação à disponibilidade de doadores de medula óssea. Apesar de ser o terceiro maior banco de doadores do mundo, com cerca de 4 milhões de cadastrados, ainda há a necessidade de aumentar esse número.

“Na doação feita diretamente na medula, as células serão coletadas através de punções na região pélvica posterior (osso do quadril). Pode ter um pouco de dor no pós-operatório por conta da manipulação, mas é um procedimento com baixíssimo risco", explica Dr. Bachour. “A outra forma é a indução da produção de células-tronco com uso de medicamentos, e, posteriormente, se filtra e separa as células-tronco do sangue para o transplante”, finaliza.