Despesa cresce à frente da receita
Valor Econômico
27/02/2013

Despesa cresce à frente da receita

Por De São Paulo
 
Claudio Belli/Valor / Claudio Belli/Valor
Carneiro, superintendente do IESS, diz que os custos dos planos de saúde individuais sobem 16,4% - a maior taxa desde 2007

 

As 16 operadoras de planos de saúde e dental ligadas à Fenasaúde registraram um aumento nas despesas médico-hospitalares superior ao crescimento da receita nos 12 meses encerrados em setembro do ano passado, quando comparado ao mesmo período anterior. As despesas somaram R$ 29,4 bilhões, um avanço de 20,7%. Já a receita teve alta de 18,5% atingindo R$ 36,3 bilhões.

As operadoras ligadas à Fenasaúde são Allianz, Amil, Bradesco Saúde, Care Plus, Golden Cross, Internacional de Saúde, Intermédica, Itauseg, Metlife, OdontoPrev, Omint, Porto Seguro, SulAmérica, Tempo, Unimed Seguros e Marítima. No total, esse grupo de operadoras tem 25 milhões de usuários.

Segundo a entidade, o aumento das despesas ocorreu porque os prestadores de serviços (hospitais, clínicas, laboratórios e médicos) estão buscando uma recomposição de margens e preços e também por causa do aumento do uso de planos de saúde. Outro fator foi o maior uso de órteses e próteses, que têm custos elevados.

No mercado de planos de saúde como um todo, a receita somou R$ 94,3 bilhões, o que representa uma alta de 14%. As despesas assistenciais avançaram 15,1%, ficando em R$ 76,5 bilhões. Os números referem-se ao acumulado dos últimos 12 meses, encerrado em setembro do ano passado.

Nos planos individuais, os custos médico-hospitalares cresceram 16,4% nos 12 meses encerrados em junho de 2012, em relação a igual período imediatamente anterior, segundo o Instituto de Estudos Suplementares (IESS). A inflação, medida pelo IPCA (do IBGE) subiu 6,1% no mesmo prazo. A variação de 16,4% é a maior já registrada desde 2007, quando o IESS começou a publicar o índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH).

"Historicamente, esse índice é sempre superior à variação do IPCA, no Brasil e em outros países, como Estados Unidos e União Europeia. O que chama atenção, neste momento, é que nunca houve uma diferença tão alta quanto agora, superior a 10 pontos percentuais", disse Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS. O aumento afeta quase 10 milhões de pessoas que têm convênio médico individual no país. Eles representam cerca de um quarto do mercado.

Ainda de acordo com o IESS, houve aumentos nos custos em todos os tipos de procedimentos médicos. As variações apuradas foram as seguintes: internações (16,6%), terapia (5,1%), consultas (13,3%) e exames (9,8%). (BK)

 

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