Business Intelligence ajuda Afip prever aumento de casos de dengue
27/03/2024

Há mais dez anos, a Afip Medicina Diagnóstica é o maior laboratório privado de análises clínicas da rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS), realizando por mês – seis milhões de exames, a maioria para a rede pública. Graças ao uso da tecnologia, o laboratório conseguiu acompanhar em tempo real e prever o crescimento de exames para dengue, aumentando seu estoque de testes de antígenos e sorologia, a fim de suprir essa demanda. Em janeiro e fevereiro deste ano a Afip registrou aumento de 600% na demanda de testes de antígenos e de 230% nos pedidos de sorologia em relação ao primeiro bimestre de 2023. A demanda por testes de chikungunya mais que triplicou, subindo 315% em janeiro de 2024 em comparação ao mesmo mês do ano passado.

“Apesar do aumento significativo de exames de dengue e chikungunya, conseguimos por meio de nosso sistema de Business Intelligence (BI) monitorar precocemente o aumento da demanda e preparar nossos estoques de testes diagnósticos para atender nossos clientes”, afirma Debora Ramadan, diretora técnica da Afip. “Com o uso da tecnologia, reforçamos o compromisso de contribuir de maneira significativa com toda a cadeia de saúde nacional, já que nossa abrangência compreende o setor público e privado em grande escala”, complementa.

O BI é uma ferramenta digital que extrai dados sobre os exames por cliente, como os tipos de testes cadastrados e liberados, além dos resultados obtidos. A solução possui painéis que mostram a demanda e a positividade por tipos de teste. A análise gerencial do BI permite o acompanhamento da curva de crescimento da realização de exames. “Ao cruzar informações, conseguimos monitorar o que está acontecendo e responder à demanda dos clientes”, explica a diretora técnica da Afip.
 

Dengue e chikungunya

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 1.017.278 casos prováveis de dengue, com 214 mortes confirmadas e 687 óbitos em investigação. O Distrito Federal tem o maior coeficiente de incidência de casos prováveis, seguido pelos estados de Minas Gerais, Acre e Paraná. Também foram registrados 54.505 casos prováveis de chikungunya em janeiro e fevereiro, com 14 mortes e 56 óbitos em investigação. Minas Gerais concentra mais de dois terços de todos os casos prováveis desta arbovirose no território brasileiro.

Há vários tipos de testes para a identificação da dengue – RT-PCR, antígeno NS1 e sorologia –, que devem ser realizados de acordo com o estágio da doença e dos sintomas no momento da realização do exame. “É essencial empregar adequadamente cada tipo de teste disponível, como antígeno e sorologia, para as diferentes fases da infecção”, observa a médica infectologista da Afip, Soraya Sgambatti de Andrade.

O teste NS1 pesquisa o antígeno viral e os testes RT-PCR detectam o material genético do vírus. Enquanto o NS1 deve ser feito até cinco dias após o surgimento dos sintomas, o RT-PCR pode ser realizado até sete dias depois do começo da infecção. Os exames de sorologia pesquisam os anticorpos IgM e IgG, que são produzidos pelo indivíduo em decorrência da infecção, e devem ser realizados a partir do sexto dia da infecção. Os exames para a detecção de chikungunya são RT-PCR e os de sorologia.

Evolução das infecções

A Afip notou que, em 2023, a demanda por testes de dengue só aumentou de forma progressiva a partir de fevereiro, com pico em abril e decréscimo em junho. Diferentemente de outros anos, a curva de crescimento dos pedidos por testes antecipou-se, reiniciando em dezembro e continuando a ascender no primeiro bimestre de 2024. Fevereiro foi o mês com maior volume de demandas por testes dos últimos 14 meses, com um aumento de 320% em comparação a fevereiro de 2023.

O número de testes com resultados positivos para dengue também cresceu. De outubro a dezembro 2023, a positividade dos testes de antígeno NS1 foi de 32%, tendo aumentado para 56% em janeiro. Neste mesmo período, os exames de sorologia reagentes subiram de 13% para 30%. Em relação à positividade para Chikungunya, verificamos um aumento de 13 pontos percentuais de janeiro deste ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. Assim como os dados divulgados pelo Ministério da Saúde de que Minas Gerais lidera o número de casos prováveis, na população atendida pela Afip o maior número de exames reagentes também ocorre nesta região.
 





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